quinta-feira, 26 de março de 2009

Textos sobre: parágrafo, monografia escolhida e a própria monografia

Colegas,
Bom dia!
Embora eu tenha postado anteriormente um dos textos solicitados pelo professor, foi apenas um teste, posto que estou aprendendo a usar essa ferramenta e não sem alguma resistência, mas vamos lá!


ASSUNTO: FORMAS DE ORGANIZAR O PARÁGRAFO


INTRODUÇÃO:

Segundo Othon Garcia, o parágrafo é uma unidade de composição constituída por um ou mais de um período, em que se desenvolve determinada idéia central, ou nuclear, a que se agregam outras, secundárias, intimamente relacionadas pelo sentido e logicamente decorrentes dela.
Para o autor, pode haver diferentes tipos de estruturação de parágrafo, tudo dependendo da natureza do assunto e sua complexidade, do gênero de composição, do propósito, das idiossincrasias e competência do autor, tanto quanto da espécie de leitor a que se destine o texto. O conceito de parágrafo supra se aplica a um tipo de parágrafo considerado como padrão, não só no sentido de modelo que se deva imitar, mas também no sentido de ser freqüente, ou predominante, na obra de escritores de mérito reconhecido.
O parágrafo facilita ao escritor a tarefa de isolar e depois ajustar convenientemente as idéias principais da sua composição, permitindo ao leitor acompanhar–lhes o desenvolvimento nos seus diferentes estágios. Deve conter um processo completo de raciocínio e ser suficientemente curto para permitir analisar os componentes desse processo. A extensão do parágrafo depende da divisão do assunto, então, idéias mais complexas devem se desdobrar em mais de um parágrafo.
Em geral o parágrafo-padrão, aquele de estrutura mais comum, é composto de duas ou três partes: a introdução – contendo a idéia-núcleo –, o desenvolvimento – elucidando a idéia-núcleo – e, mais raramente, a conclusão. O tópico frasal, quando existente, é normalmente composto por um ou dois períodos curtos iniciais, encerra de modo geral e sucinto a idéia-núcleo do parágrafo e pode se apresentar como: declaração inicial, definição, divisão. Existem outros modos de iniciar o parágrafo, tais como: alusão histórica, omissão de dados identificadores num texto narrativo, interrogação. Há, ainda, a possibilidade de o tópico frasal vir implícito ou diluído no parágrafo.


OPÇÕES DE DESENVOLVIMENTO DE PARÁGRAFO:

1 – ENUMERAÇÃO OU DESCRIÇÃO DE DETALHES
É uma das formas mais comuns e ocorre de preferência quando há tópico frasal inicial explícito.
Ex: “Era o casarão clássico das antigas fazendas negreiras. Assobradado, erguia-se em alicerces o muramento, de pedra até meia altura e, dali em diante, de pau-a-pique (...) À porta da entrada ia ter uma escadaria dupla, com alpendre e parapeito desgastado. (Monteiro Lobato)
2 – CONFRONTO
Consiste em estabelecer confronto entre idéias, seres, coisas, fatos ou fenômenos. Normalmente, suas formas são o contraste e o paralelo. Utiliza a antítese e a analogia, procurando explicar o estranho pelo familiar.
Ex: “Embora a vida real não seja um jogo, mas algo muito sério, o xadrez pode ilustrar o fato de que, numa relação entre pais e filhos, não se pode planejar mais que uns poucos lances adiante. No xadrez, cada jogada depende da resposta à anterior, pois o jogador não pode seguir seus planos sem considerar os contra-ataques do adversário, senão será prontamente abatido. O mesmo acontecerá com um pai que tentar seguir um plano preconcebido, sem adaptar sua forma de agir às respostas do filho, sem reavaliar as constantes mudanças da situação geral, na medida em que se apresentam.” (Bruno Betelheim, adaptado)
3 – ANALOGIA E COMPARAÇÃOk

Ex: “A Revolução Industrial interferiu na organização do espaço geográfico. Ocorreu uma grande diferenciação entre o campo e a cidade com a Revolução Industrial e a organização do espaço físico em países ou Estados-nações. As cidades começam a crescer em ritmo acelerado. O meio urbano passa a ser a sede das indústrias e dos serviços modernos como bancos, universidades, administração etc. As cidades se tornam a sede de cada região. O meio rural vai gradualmente sendo influenciado pelas formas de produção da indústria moderna (mecanização e relação assalariada).”

4 – CITAÇÃO DE EXEMPLOS
Em muitos casos, a enumeração de exemplos confunde-se com a enumeração de detalhes.
Ex: “A televisão, apesar das críticas que recebe, tem trazido muitos benefícios às pessoas, tais como: informação, por meio de noticiários que mostram o que acontece de importante em qualquer parte do mundo; diversão, através de programas de entretenimento (shows, competições esportivas); cultura, por meio de filmes, debates, cursos.”
5 – CAUSAÇÃO E MOTIVAÇÃO
5 – a) Razões e conseqüências
Após uma declaração inicial são apresentadas razões ou explicações.

Ex: “Por que os estudantes têm dificuldade de escrever: Uma das razões é a falta de leitura. Outra, a falta de treino. A escola deve sanar essas deficiências.”
5 – b) Causa e efeito


6 – DIVISÃO E EXPLANAÇÃO DE IDÉIAS “EM CADEIA”
O desenvolvimento recorre à decomposição: divide o todo em partes e depois retoma uma a uma.

Ex: “Como se divide o sujeito em português: O sujeito pode ser simples, composto e indeterminado. O simples tem um núcleo. O composto, mais de um. O indeterminado ninguém sabe. Há um sujeito, mas não se consegue apontá-lo.”


7– DEFINIÇÃO
Nesse modo de desenvolvimento o tópico frasal é constituído pelo primeiro período do qual o segundo é apenas reforço.
Ex: “A informática tem importante papel no ensino hoje em dia. Por informática devemos entender tudo aquilo que se refira à criação, manipulação e transmissão de informação por intermédio de computadores, essas máquinas incríveis que estão cada vez mais dominando o homem -- no trabalho, na vida doméstica, no lazer.”




ATIVIDADE: APRESENTAR TEXTO SOBRE UMA MONOGRAFIA ESCOLHIDA RESPONDENDO ÀS 04 (QUATRO) QUESTÕES GERADORAS.


QUESTÃO 01:

Os objetivos da monografia analisada foram os seguintes:
- Levantar e contribuir com a discussão sobre o assédio moral no trabalho sob a perspectiva jurídica fornecendo instrumento útil para aqueles interessados no respeito aos direitos fundamentais e preocupados com a violência no ambiente de trabalho;
- A autora aborda a falta de legislação específica para o assédio moral e as possibilidades de os operadores do direito fornecerem uma solução para as demandas judiciais que buscam proteção contra o abuso moral no trabalho, apesar dessa carência no ordenamento jurídico.

A pesquisa configurou-se num olhar problematizante buscando analisar o assédio moral sob os aspectos: ambiental (família, escola, trabalho), geográfico (os países cujo ordenamento jurídico já aborda a temática) e tipológico (assédio moral horizontal, vertical e ascendente).
A eclosão da proposta presente na dimensão lacunar foi ao analisar as necessidade que existe de os operadores do direito não ficarem esperando que a lei lhe caia no colo e atuarem na construção de uma jurisprudência visando proteger a vítima e punir os agressores nos casos que envolvem abuso moral no trabalho.


QUESTÃO 02:

A monografia analisada foi dividida em doze capítulos, iniciando por apresentar uma visão geral do fenômeno, abordando as pesquisas no campo da medicina e da psicologia do trabalho, mostrando as semelhanças entre o terror psicológico e o fascismo, apontando a relação entre a dinâmica da ação perversa e o poder diretivo da empresa, relacionando os sujeitos do assédio moral, descrevendo as conseqüências do assédio, analisando a tutela jurídica do assédio moral no Brasil e no direito comparado e apresentando a conclusão. Traz, ainda, no anexo, uma sentença do Tribunal do Trabalho de Turim.
A mesma apresenta pontos importantes que possibilita analisar de forma coerente as semelhanças entre o terror psicológico e o fascismo, aponta a relação entre a dinâmica da ação perversa e o poder diretivo da empresa, relaciona os sujeitos do assédio moral e as conseqüências dele decorrentes.
É preciso pensar: na necessidade de os operadores do direito não ficarem esperando a lei lhe cair no colo e sim, providenciarem a construção de uma jurisprudência com a finalidade de proteger a vítima do abuso moral e punir o agressor; na possibilidade de o jurista, na falta de lei específica, transformar princípios abstratos em “direito concreto”.


QUESTÃO 03:

Percebe-se, no trabalho em questão, que a autora pretende colaborar no combate ao terror psicológico no trabalho através de: a) Prevenção – empregados e empregadores deve se defender desse abuso antes que vire caso judicial através de esforço coletivo, trabalho voluntário e informação na empresa e no sindicato que deve promover o marketing social e a defesa dos trabalhadores; b) luta por uma nova lei que trate da matéria; c) ação pela construção de uma jurisprudência pelos operadores do direito para proteger a vitimas do assédio e para punir os agressores e os empregadores coniventes; d) peleja para que os operadores do direito juiz, a despeito da ausência de lei, colaborem na transformação de princípios abstratos em direito concreto.


QUESTÃO 04:

Durante muito tempo o terror psicológico no trabalho sobreviveu inteiramente ignorado de médicos e juristas, sem amparo para o sofrimento das vítimas e sem punição para a ação criminosa do perverso. São recentes os estudos, as pesquisas e as publicações relativas ao tema. Além disso, a subjetividade do tema, tornando-o difícil de ser identificado, denunciado e comprovado, é mais um motivo para tornar a sua discussão necessária. O que me levou ao interesse pelo assunto foi: em primeiro lugar, o fato de estar na condição de trabalhador desde a década de 80 quando, aos 19 anos de idade, ingressei no mercado de trabalho e por ter, a partir de então, presenciado diversas situações de abuso contra o trabalhador por parte de superiores hierárquicos; em segundo lugar, devido a pouca ou nenhuma visibilidade dada ao tema, relegando quase sempre ao silêncio a violência sofrida e as conseqüências psicológicas, físicas e sociais dela advindas; em terceiro lugar, por estar o trabalhador de empresa privada mais vulnerável a esse tipo de violência que os demais pelo medo do desemprego.
A autora traz a necessidade de lutar pela inclusão da temática no ordenamento jurídico e, na falta dela, o imperativo de os juristas construírem jurisprudência, de transformarem princípios abstratos em direito concreto e, finalmente, de se valerem do direito comparado com a utilização do ordenamento jurídico de outros povos para auxiliar no julgamento das demandas que envolvem o terror psicológico no trabalho. A mesma visa, também, combater o abuso moral através da prevenção, da informação quanto ao mesmo, principalmente através do sindicato que além de informar precisa defender os trabalhadores.

ATIVIDADE: APRESENTAR TEXTO SOBRE A PRÓPRIA PROPOSTA DE MONOGRAFIA, RESPONDENDO ÀS 02 (DUAS) PRIMEIRAS QUESTÕES GERADORAS.

QUESTÃO 01:

O objetivo da minha monografia é o seguinte:
- Analisar as especificidades dos conflitos que permeiam as relações entre gestores e professores da rede particular da cidade de Salvador.

Pretendo abordar a manipulação de comportamento a que estão sujeitos os professores pelos gestores da rede particular, considerando o contexto da escola privada que tem uma dinâmica própria de relações, um conjunto de valores, atitudes, simbolismos e que impõe determinadas posturas e avaliar como esses professores se comportam frente a um posicionamento hierárquico superior ainda que não comunguem com esses valores.
A eclosão da proposta presente na dimensão lacunar deu-se ao analisar: a dinâmica das relações da escola particular que tem uma estrutura de relações autoritárias e antidemocráticas; a falta de autonomia do professor e qual o papel do professor sob o aspecto da cultura empresarial em que escola é um negócio, o aluno é um cliente e o trabalho do professor é mercadoria.


QUESTÃO 02:

Tendo em vista as conseqüências dessa violência imposta aos professores de escola particular para sua saúde física e mental, para suas relações pessoais e profissionais esse trabalho pretende dar maior visibilidade ao tema para que os professores sujeitos a essa situação possam identificá-la, minimizá-la, reagir e enfrentá-la. A subjetividade do tema tornando-o difícil de ser identificado, denunciado e comprovado é mais uma razão para tornar a sua discussão necessária.

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