terça-feira, 30 de junho de 2009

Minha Monografia

Este é um pré projeto da minha futura monografia



RESUMO




Não há dúvidas de que a literatura infantil favoreça o processo ensino-aprendizagem Contudo os textos literários são utilizados em sala de aula, quase que de maneira muito tímida, e não tem trazido resultados relevantes no desenvolvimento das competências e habilidades. Esta pesquisa de base bibliográfica pretende analisar os fatores que influenciam no pouco uso da literatura infantil, em sala de aula, como prática pedagógica na formação do leitor crítico e autônomo.
Palavras chaves: educação, leitura, literatura, ensino


























SUMÁRIO



1 – INTRODUÇÃO

2 – HISTÓRICO DA LITERATURA INFANTIL NO BRASIL

3 – A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA INFANTIL

4 – O PAPEL DA ESCOLA NA FORMAÇÃO DO LEITOR

5 – PRÁTICAS PEDAGÓGICAS COM LITERATURA INFANTIL

6 – CONCLUSÃO


7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS









1 - INTRODUÇÃO


Atualmente, nas escolas da rede municipal de Salvador são distribuídos livros da literatura infantil para que os mesmos sejam utilizados em sala de aula, contribuindo com o desenvolvimento de habilidades e competências e com o processo ensino aprendizagem. Entretanto, muitos alunos chegam ao Ensino Médio com deficiência em leitura e interpretação de textos. É comum a reclamação de educadores de que estes alunos passam um longo período na escola, mas ao sair, apresentam tais dificuldades. Assim, pode-se perceber que a escola tem deixado uma lacuna quanto a este respeito e que fatores têm influenciado na utilização da literatura infantil como prática pedagógica, já que não há resultados satisfatórios.

CAGNETI (1995, p.23) afirma que “(...) A Literatura Infantil é fonte inesgotável de assuntos para melhor compreender a si e ao mundo”. SAWULSKI (2002) observa que, “(...) Faz-se necessário que o professor introduza na sua prática pedagógica a literatura de cunho formativo, que contribui para o crescimento e a identificação pessoal da criança, propiciando ao aluno a percepção de diferentes resoluções de problemas, despertando a criatividade, a autonomia, e a criticidade, que são elementos necessários na formação da criança em nossa sociedade atual”.
O RCNEI sugere que “(...) os professores deverão organizar a sua prática de forma a promover em seus alunos: o interesse pela leitura de histórias; a familiariedade com a escrita por meio da participação em situações de contato cotidiano com os livros, revistas, histórias em quadrinhos; escutar textos lidos, apreciando a leitura feita pelo professor; escolher os livros para ler e apreciar. Isto se fará possível trabalhando conteúdos que privilegiam a participação dos alunos em situações de leitura de diferentes gêneros literários feito pelos adultos, como contos, poemas, parlendas, trava-línguas, etc; propiciando momentos de reconto de histórias conhecidas com aproximação às características da história original no que se refere à descrição de personagens, cenários e objetos, com ou sem a ajuda do professor”. RCNEI (1998, vol.3, p.117-159)

Portanto, crendo na capacidade que tem a educação para a construção de dias melhores, e dentro desta, a Literatura Infantil como fonte de alargamento de horizontes e ampliação de referênciais para a criança, acredito que a escola deva abrigar em seu seio múltiplas formas de aproximação destes seres com os livros a partir do incentivo à leitura como fonte de prazer e aquisição de bens culturais.
Dada a relevância do assunto, pois a literatura é uma grande ferramenta na formação do leitor e do cidadão crítico, abordar-se-á:
• a história da literatura infantil no Brasil
• a importância da literatura
• o papel da escola na formação do leitor
• práticas pedagógicas








2 – HISTÓRICO DA LITERATURA INFANTIL NO BRASIL

O livro infantil quando surgiu era um recurso didático enxertado de valores morais que pretendia incutir nas mentes das crianças.

No séc. XX, precisamente a partir da década de 70, ganha uma nova temática e passa a sustentar a valorização da criatividade, da independência e da emoção, estabelecendo assim, uma relação com a nova concepção de mundo. A partir de então, o objetivo agora á atrair o pequeno leitor para o processo de descoberta do mundo, levando-o a participar dinamicamente do ato de leitura.

Baseando-se no desenvolvimento da criatividade, do ludismo e da consciência crítica, os autores oferecem ao novo leitor histórias vivas, bem humoradas, buscando divertí-lo mas, também procurando torná-lo consciente de si mesmo e do mundo, dentro dos novos fatores surgidos pelas transformações:
• a concepção da literatura como fenômeno de linguagem;
• a consciência de poder da palavra;
• a consciência de que é no leitor que o texto literário se completa ou se encontra seu significado final;
• A compreensão de escrita como ato-fruto da leitura assimilada;
• A certeza de que a esfera da literatura é a da plena liberdade interior;
• A valorização da imagem ou da ilustração como linguagem sedutora e formadora da consciência-de-mundo das crianças;

Na década de 80 surgem novos escritores e ilustradores atraídos para a Literatura Infantil, desafiando o olhar e a atenção criativa do leitor para a decodificação da leitura, abrindo assim novo caminho para a literatura destinada às crianças.

No séc. XXI a obra literária para as crianças continua expandindo. Na era do “cyberspace”, na qual o poder da tecnologia domina como salto para o progresso da humanidade, cria-se um novo sistema de educação que tem a literatura como eixo o organizador das multilinguagens. A nova literatura infantil com suas multilinguagens radicadas na palavra está difundindo de maneira lúdica e simples os novos “paradigmas emergentes”. Esta nova criação literária envolvida nos processos de ruptura e reinvençãpo de antigos valores consagrados, propricia uma renovação estrutural no sistema de ensino e na literatura para os pequenos. Para tanto, necessita usar um novo código lingüístico, narrativo, etc, ..., que seja acessível à compreensão deste pequeno leitor.




3 – A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA INFANTIL


Conceituar Literatura Infantil torna-se bastante complicado, pois são várias definições que envolvem esse tema. CUNHA assim conceitua:

"(…) Literatura Infantil são os livros que têm a capacidade de provocar a emoção, o prazer, o entretenimento, a fantasia, a identificação e o interesse da criançada". (apud ALVES, 2003).

Assim, compreender a importância da literatura infantil no desenvolvimento cognitivo da criança constitui fator imprescindível, principalmente para a formação do leitor. Ser leitor é uma forma de ampliar o universo lingüístico.

Ler não é decifrar palavras. A leitura é um processo em que o leitor realiza na construção de significados dos textos, usando diferentes estratégias (seu conhecimento sobre o assunto, o autor, linguagem e escrita). Ser leitor é o meio para conhecer os diferentes tipos de textos, de vocabulários. É uma forma de ampliar o universo lingüístico.

A Literatura Infantil é importante sob vários aspectos biopsicosociais. Quanto ao desenvolvimento cognitivo, ela proporciona às crianças meios para desenvolver habilidades que agem como facilitadores dos processos de aprendizagem. Estas habilidades podem ser observadas no aumento do vocabulário, nas referências textuais, na interpretação de textos, na ampliação do repertório lingüístico, na reflexão, na criticidade e na criatividade. Estas habilidades propiciariam no momento de novas leituras a possibilidade do leitor fazer inferências e novas releituras, agindo, assim, como facilitadores do processo de ensino-aprendizagem não só da língua, mas também das outras disciplinas.



4 – O PAPEL DA ESCOLA NA FORMAÇÃO DO LEITOR

A Literatura Infantil, nas escolas, deve despertar o gosto pela leitura, pois propicia alegria, prazer, encantamento. Além de desenvolver o aspecto cognitivo da criança, facilita a aprendizagem: aumentando o vocabulário, ampliando a criatividade, a criticidade, a reflexão, permitindo assim uma nova leitura do mundo e fazendo com que o leitor se coloque num estado constante de leitura.


5 – PRÁTICAS PEDAGÓGICAS COM LITERATURA INFANTIL

Pais e professores devem explorar a função educacional do texto literário: ficção e poesia por meio da seleção e análise de livros infantis; do desenvolvimento do lúdico e do domínio da linguagem; do trabalho com projetos de literatura infantil em sala de aula, utilizando as histórias infantis como caminho para o ensino multidisciplinar.

Estratégias para o uso de textos infantis no aprendizado da leitura, interpretação e produção de textos também são exploradas com o intuito final de promover um ensino de qualidade, prazeroso e direcionado à criança.


6 – CONCLUSÃO


Assim, vejo que se faz necessário estudar e compreender a complexidade que envolve a prática pedagógica da literatura infantil; discutir a integração do trabalho com a literatura infantil na escola; estabelecer uma relação entre a literatura infantil e a prática pedagógica; analisar os fatores que influenciam no processo de uso da literatura infantil em sala de aula, pois ajudará a entender melhor a função pedagógica da mesma e possibilitará que um número maior de professores faça uso de obras literárias sem suas práticas.

Muitos pesquisadores têm discutido a respeito do problema que engloba o trabalho com a literatura. Para alguns, o problema está no aluno: não lê, não tem maturidade para entender a obra literária, e atende o apelo da mídia, que é bem maior. Para outros, o problema está no professor: que não é leitor, não tem hábitos de leitura, desconhece os propósitos da prática pedagógica de leitura em sala de aula, desconhece metodologias adequadas quanto ao uso da literatura, na suas práticas não inclui a literatura, não utilizam práticas que instrumentalizam o aluno para a interação com a obra literária. Outros atribuem a outras situações: bibliotecas mal adequadas ou insuficiente, falta de aceso ao livro, alto preço dos livros, pouco tempo para a leitura. Diante de tal situação, acredito que a literatura deva ser utilizada em sala de aula de maneira prazerosa, desvinculada dos conteúdos gramaticais, aguiçando o gosto de ler, a imaginação, favorecendo a criatividade, a interação leitor-texto, e de modo que desperte o interesse do aluno e que o mesmo seja capaz de transformar a sua realidade. Assim sendo, há necessidade de preparo dos docentes para a realização de atividades diversificadas e motivadoras; participação dos professores nos cursos de capacitação que proporcionem visão clara a respeito da literatura infantil; saber escolher obras literárias infantil.




7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS



CAGNETI, S. Livro que te quero Livro. Rio de Janeiro: Nódica, 1996, p. 23.

COELHO, N. Literatura: arte, conhecimento e vida. São Paulo: Peirópolis, 2000. 159p.

SAWULSKI, V. Fruição e / ou aprendizagem através da Literatura Infantil na escola 1.2002<
htpp: /www.cce.ufsc.Br/^neitezel/literaturainfantil/verena.htm.>abril 2003

Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI). Brasília: MEC/SEF, 1998.

http://www.sitedeliteratura.com

Respondendo: Questões 3 e 4

Questão 3
Muitos educandos apresentam dificuldades na leitura e interpretação de textos, decorrentes de fatores diversos: negligência e falta de preparo nas série inicais no período escolar, falta de acesso a livros, falta de incentivo, apoio e estímulo por parte dos pais e professores, falta de acompanhamento dos pais, alimentação, saúde, doenças, entre outros.
Acredito que se a literatura infantil fosse utilizada em sala de aula como atividade pedagógica, ajudaria a maioria dos educandos a desenvolver o senso crítico, melhoraria a auto estima, pois, além do desenvolvimento do aspecto cognitivo, estaria melhorando as relaçãoes sociais, descobrindo novos prazeres,e fazendo com que se auto conhecesse e se percebesse como ser pertencente a uma comunidade.
Atividades lúdicas que estmule: a leitura, o prazer pela descoberta, o encantamento dos livrtos, possibilitariam que estudantes que passam muitas horas diante da TV, que vê a mesma como úinico meio de prazer, diversão e lazer, descobrissem a existência de outras fontes de enriquecimento, e desligando a TV, olhasse para o outro mundo que existe nos livros e além deles.

Questão 4

Não há dúvida de que a literatura infantil favoreça o processo ensino-aprendizagem. Contudo os textos literários são utilizados em sala de aula, quase que de maneira muito tímida e não tem trazido resultados relevantes para o desenvolvimento das competências e habilidades.
Analisar os fatores que influenciam no pouco uso da literatura infantil, em sala de aula, como prática pedagógica na formação do leitor crítico e autônomo contribuirá para que educadores reflitam sobre suas práticas e propiciem aulas que estimulem o prazer pela leitura e o prazer da leitura.

Lenilda Rodrigues

ultimo dia de aula?

Dia 30/06/2009 houve a apresentação com data show dos projeto de monografia seguindo o sorteio que foi feito em sala de aula pelo professor . A primeira a fazer a apresentação foi por Loudes com o tema "A manipulação de comportamento de professores por gestores de escolas particulares da cidade de Salvador".
Logo após houve a apresentação de Dany Sandra com o tema " a violência em sala de aula" tendo como objeto de estudo a Escola Municipal Armando Carneiro da Rocha. Onde trouxe informações sobre o índice de violência em Salvador.E a ultima apresentação foi feita por Adriana com o tema "Ler o mundo para escrever a própria vida". onde esta voltado para a educação de jovens e adultos tendo como foco a alfabetização.
Após passar por vários processo de alfabetização, atualmente é mais utilizado o método de Paulo Freire.
O professor entregou os trabalhos que foram feitos em sala de aula e depois foi dito os alunos que estavam dispensandos, pois já tinham entreguem todos os trabalhos em dia.
Logo apos foi feito uma pequena confraternização com todos os alunos.

terça-feira, 16 de junho de 2009

respondendo as questões III e IV

O desenvolvimento da escrita infantil, a partir de 3 anos

O papel do professor da Educação Infantil no desenvolvimento do grafismo infantil, em torno dos 2 e 3 anos.




O desenvolvimento da escrita infantil, a partir de 3 anos

O Tema que esta sendo exposto O papel do professor da Educação Infantil no desenvolvimento do grafismo infantil, em torno dos 2 e 3 anos esta sendo elaborado a partir de leituras bibliográficas e documentais, e experiências em sala de aula. Com o objetivo primordial de conhecer o trabalho realizado pelo professor, seu entendimento sobre o grafismo infantil e sua formação,interpretando a realidade pesquisada, tentando ser bastante profundo e detalhado, tendo como local a cidade de Salvador, no bairro de Pernambués, em uma escola de pequeno porte, durante o segundo semestre do ano de 2009. As leituras bibliográficas trarão um leque de informações que serão fundamentais para a minha observação em campo. Construir, metodologicamente, uma pesquisa acadêmico-científica implica em delimitar as concepções teóricas e as técnicas que serão empregadas, de acordo com o campo que será investigado, pois como já enfatizava Lênin (1965) “o método é alma da teoria”. A metodologia aplicada em campo será qualitativa, pois o tema estudado é de origem complexa, com observação da ação do professor, e entrevistas sobre assuntos que permeiam o tema, como: formação profissional, entendimento sobre o grafismo infantil, relação emoção/produção, fases do grafismo e o que surgir. Serão recolhidas algumas produções infantis, com a autorização de pais, crianças e professor, para uma análise sobre o grafismo e a interpretação dada pelo professor. É de grande importância a análise do tema apresentado pois se formos comparar o que esta no ideal proclamado pelas reformas educacionais brasileiras na educação infantil com o real das salas de aula, iremos nos deparar com uma divergência gritante. Um exemplo é que , nesta mesma direção, a LDB também pela primeira vez na história das legislações brasileiras proclamou a educação infantil como direito das crianças de 0 a 6 anos e dever do Estado. Ou seja, todas as famílias que optarem por partilhar com o Estado a educação e o cuidado de seus filhos deverão ser contempladas com vagas em creches e pré-escolas públicas. Porém isso não ocorre.

Com relação às profissionais da educação infantil, a lei proclama ainda que todas deverão até o final da década da educação ter formação em nível superior, podendo ser aceita formação em nível médio, na modalidade normal. Ou seja, até o ano de 2007 todas as profissionais que atuam diretamente com crianças em creches e pré-escolas, sejam elas denominadas auxiliares de sala, pajens, auxiliares do desenvolvimento infantil, ou tenham qualquer outra denominação, passarão a ser consideradas professoras e deverão ter formação específica na área. É importante ressaltar o desafio que esta deliberação coloca uma vez que muitas dessas profissionais não possuem sequer o ensino fundamental.

Em relação à formação das profissionais que hoje atuam com as crianças pequenas em creches e pré-escolas, vê-se uma avalanche de cursos chamados emergenciais, em sua grande maioria pagos, e que são justificados pelo prazo estabelecido pela LDB, de dez anos desde a sua publicação, para que todas tenham formação específica em nível superior, podendo ser aceito magistério, em nível médio. Mais uma vez o governo delega a essas professoras a responsabilidade por sua formação, sem assumir como sua a tarefa de fornecer as condições objetivas para que elas se profissionalizem.

Daí surge a necessidade de um estudo mais detalhado sobre a atuação desse professor no desenvolvimento do grafismo infantil, como esse professor estimula a criança a produzir e como ele entende essa produção.

Percebe-se então que durante a pesquisa foi possível conhecer os níveis de desenvolvimento do Grafismo Infantil e a grande responsabilidade do professor na construção de um ambiente favorável ao desenvolvimento do grafismo infantil. Destaco que o prazer encontrado pela criança no grafismo deixará de existir se não forem permitidas a exploração de sua função expressiva e a realização de seu potencial criativo, por isso, analiso que o professor deve repensar as expectativas quanto ao grafismo da criança, assim como o diálogo que estabelece com ela a respeito da sua produção gráfica.

O olhar que o professor dirige ao grafismo da criança apóia-se nas concepções que ele tem sobre o desenho enquanto linguagem, idéias constituídas na sua própria história e experiência com a linguagem. Desse modo, espera-se que esta pesquisa sobre o desenvolvimento do Grafismo Infantil venha contribuir para que professores e alunos a partir dessas vivências possam compreender os elementos intelectuais (significado e contextualidade) e elementos formais (cores, linhas, intensidade e dinâmica), que são evidenciados nos desenhos das crianças dentro de suas próprias linguagens e possam a partir desse conhecimento instigar sua capacidade criadora.

Com este trabalho, espero também estar fornecendo elementos facilitadores da relação em ensino-aprendizagem, contribuindo para que os envolvidos no processo, ampliem sua capacidade perceptiva, cognitiva, assim como o seu fazer e pensar pedagógico. Durante a pesquisa compreendi que os conteúdos e métodos de ensino devem estar vinculados à experiência individual de cada aluno e com a sua própria realidade sócio-cultural. Adotar uma metodologia adequada é um tanto difícil, pois cada uma delas apresenta suas vantagens e desvantagens.





Referências bibliográficas:


FERREIRO, Emília & TEBEROSKY, Ana. (1999) Psicigênese da Língua Escrita. Porto Alegre: Artmed,

MARTINS, Maria Anita Viviane. (2004). A Evolução do grafismo infantil e escrita. São Paulo: PUC mimeo (2007) O grafismo como forma de representação. São Paulo: PUC mimeo.

Monografia elaborada por Ribeiro:

http://74.125.95.132/search?q=cache:pYmubBpmraIJ:www.nead.unama.br/site/bibdigital/monografias/grafismo_infantil.pdf+desenvolvimtno+do+grafismo+infantil&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br

Kramer, S. (Coord.) (1994) Com a pré-escola nas mãos: uma

alternativa curricular para a educação infantil. São Paulo: Ática.

BRASIL. Ministério de Educação e do Desporto. Referencial curricular nacional para educação infantil. Brasília, DF: MEC, 1998.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

respondendo as questões I e II

O papel do professor da Educação Infantil no desenvolvimento do grafismo infantil, em torno dos 2 e 3 anos.



Me interessei por este tema, por ter trabalhado, durante o ano de 2008, com crianças do grupo 3, e ter descoberto o mundo riquíssimo do grafismo que a faculdade não pode me apresentar em sua amplitude, tendo eu que me aprofundar muito em estudos da área, para tentar fazer um bom trabalho.
Toda criança, ao iniciar o contato com lápis e papel, tem isso como um brinquedo, e produz o que chamamos de garatuja, mais tarde fecham-se círculos e agregam-se filamentos na representação da figura humana, casas, árvores, brinquedos, enfim todo o universo visual de quem está descobrindo o mundo e/ou seu ambiente, começando assim a perceber sua produção e aos poucos construir idéias diversas. Ela vai descobrindo caminhos a partir de suas ações e do que lhe é apresentado. É fato que, o desenvolvimento desse grafismo não deve mais ser entendido como treinamento limitado apenas, mas sim, como representação de idéias sistemáticas ou não, com intenção de “escrever” para comunicar ou simplesmente expressar. Isso significa portanto que há comunicação e expressão, que há muito mais do que uma ação sensório-motora, que há construção de conhecimento, evolução de idéias, há inteligência, há emoção, uma rede complexa e intensamente ativa, onde o professor que esta à frente de uma turma de Educação infantil, deve estar preparado para estimular esse desenvolvimento.
O objetivo dessa pesquisa é saber de que forma esse professor da Educação Infantil está preparado para estimular o seu aluno; compreender o significado do grafismo infantil; as etapas da evolução do grafismo infantil; o desenvolvimento do grafismo infantil; conhecer o trabalho realizado pelo professor dessa classe que ainda é pouco preparado e valorizado por nossos órgãos públicos; observar estrutura do ambiente e materiais disponíveis.
É importante que o professor tenha claro que a representação infantil não é um desenho mal feito, mas uma expressão de uma mente em desenvolvimento, e que quanto mais essa criança for estimulada, com materiais diversos e com a linguagem oral, mais habilidades ela vai construir.
A formação de professores é um dos itens contemplados pela LDB, em seu artigo 62 redigido nos seguintes termos: “a formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério da educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade normal”. Aqui chama-se a atenção para a ênfase na formação de professores da educação infantil, cuja redação na LDB, é clara ao afirmar que é admitida a formação em nível médio, porém exigindo que seja na modalidade normal. Isto significa que é emergente a habilitação desses profissionais, conferindo-lhes a graduação necessária para que possam continuar a atuar neste nível de ensino. A mesma LDB, instituiu a década da educação, iniciada em 1997 que teve seu encerramento em 2007, afirmando que até o final deste período, somente seriam admitidos profissionais habilitados em nível superior ou formados por treinamento em serviço. Esse prazo já foi extinto, porém, ainda é fácil encontrar professores de Educação Infantil sem a graduação ou sem o devido treinamento, atuando em diversas escolas da cidade de Salvador.
Um professor de Educação Infantil deve buscar entender o significado que tem o grafismo infantil, buscar entender o porque que no primeiro contato da criança com lápis e papel, ela risca intensamente, produzindo rabiscos ou garatujas, até que a ponta termine, muitas vezes, extrapolando os limites do papel, indo para o próprio corpo e objetos próximos.
Derdyk destaca que:
A permanência da linha no papel se investe de magia e esta estimula sensorialmente a vontade de prolongar este prazer, o que significa uma intensa atividade interna, incalculável por nós adultos. (1989, p. 56)
Portanto, é a partir dessa ação que a criança começa a associar traços e gestos, ocasionando em desenvolvimento da mente, ela começa a perceber entre seus traços, traços do universo que a rodeia. Com o surgimento das sensações imediatas, isso se intensifica, fazendo com que a criança perceba cada vez mais as diferenças e semelhanças entre suas produções e o mundo, fazendo surgir assim traços mais fechados, arredondados. A partir desses traços arredondados, como o círculo, a criança pode executar outros desenhos, passando, como toda evolução, pela conservação e modificação do tipo.
O grafismo infantil tem três fases: realismo fortuito, realismo falhado e o realismo intelectual. A criança com idade entre 2 e 3 anos, passa pela fase do realismo fortuito, onde não existe profundidade, pois primeiramente é um movimento esporádico, que só depois se tornam desejados, como se fossem uma vontade de se expressar, tudo isso devido ao pensamento infantil ser tão rico e desordenado.
Durante a pesquisa foi possível conhecer os níveis de desenvolvimento do Grafismo Infantil e a grande responsabilidade do professor na construção de um ambiente favorável ao desenvolvimento do grafismo infantil. Destaco que o prazer encontrado pela criança no grafismo deixará de existir se não forem permitidas a exploração de sua função expressiva e a realização de seu potencial criativo, por isso, analiso que o professor deve repensar as expectativas quanto ao grafismo da criança, assim como o diálogo que estabelece com ela a respeito da sua produção gráfica.
O olhar que o professor dirige ao grafismo da criança apóia-se nas concepções que ele tem sobre o desenho enquanto linguagem, idéias constituídas na sua própria história e experiência com a linguagem. Desse modo, espera-se que esta pesquisa sobre o desenvolvimento do Grafismo Infantil venha contribuir para que professores e alunos a partir dessas vivências possam compreender os elementos intelectuais (significado e contextualidade) e elementos formais (cores, linhas, intensidade e dinâmica), que são evidenciados nos desenhos das crianças dentro de suas próprias linguagens e possam a partir desse conhecimento instigar sua capacidade criadora.
Com este trabalho, espero também estar fornecendo elementos facilitadores da relação em ensino-aprendizagem, contribuindo para que os envolvidos no processo, ampliem sua capacidade perceptiva, cognitiva, assim como o seu fazer e pensar pedagógico. Durante a pesquisa compreendi que os conteúdos e métodos de ensino devem estar vinculados à experiência individual de cada aluno e com a sua própria realidade sócio-cultural. Adotar uma metodologia adequada é um tanto difícil, pois cada uma delas apresenta suas vantagens e desvantagens.


Referências bibliográficas:

FERREIRO, Emília & TEBEROSKY, Ana. (1999) Psicigênese da Língua Escrita. Porto Alegre: Artmed,

MARTINS, Maria Anita Viviane. (2004). A Evolução do grafismo infantil e escrita. São Paulo: PUC mimeo (2007) O grafismo como forma de representação. São Paulo: PUC mimeo.

Monografia elaborada por Ribeiro:
http://74.125.95.132/search?q=cache:pYmubBpmraIJ:www.nead.unama.br/site/bibdigital/monografias/grafismo_infantil.pdf+desenvolvimtno+do+grafismo+infantil&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br