terça-feira, 30 de junho de 2009

Minha Monografia

Este é um pré projeto da minha futura monografia



RESUMO




Não há dúvidas de que a literatura infantil favoreça o processo ensino-aprendizagem Contudo os textos literários são utilizados em sala de aula, quase que de maneira muito tímida, e não tem trazido resultados relevantes no desenvolvimento das competências e habilidades. Esta pesquisa de base bibliográfica pretende analisar os fatores que influenciam no pouco uso da literatura infantil, em sala de aula, como prática pedagógica na formação do leitor crítico e autônomo.
Palavras chaves: educação, leitura, literatura, ensino


























SUMÁRIO



1 – INTRODUÇÃO

2 – HISTÓRICO DA LITERATURA INFANTIL NO BRASIL

3 – A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA INFANTIL

4 – O PAPEL DA ESCOLA NA FORMAÇÃO DO LEITOR

5 – PRÁTICAS PEDAGÓGICAS COM LITERATURA INFANTIL

6 – CONCLUSÃO


7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS









1 - INTRODUÇÃO


Atualmente, nas escolas da rede municipal de Salvador são distribuídos livros da literatura infantil para que os mesmos sejam utilizados em sala de aula, contribuindo com o desenvolvimento de habilidades e competências e com o processo ensino aprendizagem. Entretanto, muitos alunos chegam ao Ensino Médio com deficiência em leitura e interpretação de textos. É comum a reclamação de educadores de que estes alunos passam um longo período na escola, mas ao sair, apresentam tais dificuldades. Assim, pode-se perceber que a escola tem deixado uma lacuna quanto a este respeito e que fatores têm influenciado na utilização da literatura infantil como prática pedagógica, já que não há resultados satisfatórios.

CAGNETI (1995, p.23) afirma que “(...) A Literatura Infantil é fonte inesgotável de assuntos para melhor compreender a si e ao mundo”. SAWULSKI (2002) observa que, “(...) Faz-se necessário que o professor introduza na sua prática pedagógica a literatura de cunho formativo, que contribui para o crescimento e a identificação pessoal da criança, propiciando ao aluno a percepção de diferentes resoluções de problemas, despertando a criatividade, a autonomia, e a criticidade, que são elementos necessários na formação da criança em nossa sociedade atual”.
O RCNEI sugere que “(...) os professores deverão organizar a sua prática de forma a promover em seus alunos: o interesse pela leitura de histórias; a familiariedade com a escrita por meio da participação em situações de contato cotidiano com os livros, revistas, histórias em quadrinhos; escutar textos lidos, apreciando a leitura feita pelo professor; escolher os livros para ler e apreciar. Isto se fará possível trabalhando conteúdos que privilegiam a participação dos alunos em situações de leitura de diferentes gêneros literários feito pelos adultos, como contos, poemas, parlendas, trava-línguas, etc; propiciando momentos de reconto de histórias conhecidas com aproximação às características da história original no que se refere à descrição de personagens, cenários e objetos, com ou sem a ajuda do professor”. RCNEI (1998, vol.3, p.117-159)

Portanto, crendo na capacidade que tem a educação para a construção de dias melhores, e dentro desta, a Literatura Infantil como fonte de alargamento de horizontes e ampliação de referênciais para a criança, acredito que a escola deva abrigar em seu seio múltiplas formas de aproximação destes seres com os livros a partir do incentivo à leitura como fonte de prazer e aquisição de bens culturais.
Dada a relevância do assunto, pois a literatura é uma grande ferramenta na formação do leitor e do cidadão crítico, abordar-se-á:
• a história da literatura infantil no Brasil
• a importância da literatura
• o papel da escola na formação do leitor
• práticas pedagógicas








2 – HISTÓRICO DA LITERATURA INFANTIL NO BRASIL

O livro infantil quando surgiu era um recurso didático enxertado de valores morais que pretendia incutir nas mentes das crianças.

No séc. XX, precisamente a partir da década de 70, ganha uma nova temática e passa a sustentar a valorização da criatividade, da independência e da emoção, estabelecendo assim, uma relação com a nova concepção de mundo. A partir de então, o objetivo agora á atrair o pequeno leitor para o processo de descoberta do mundo, levando-o a participar dinamicamente do ato de leitura.

Baseando-se no desenvolvimento da criatividade, do ludismo e da consciência crítica, os autores oferecem ao novo leitor histórias vivas, bem humoradas, buscando divertí-lo mas, também procurando torná-lo consciente de si mesmo e do mundo, dentro dos novos fatores surgidos pelas transformações:
• a concepção da literatura como fenômeno de linguagem;
• a consciência de poder da palavra;
• a consciência de que é no leitor que o texto literário se completa ou se encontra seu significado final;
• A compreensão de escrita como ato-fruto da leitura assimilada;
• A certeza de que a esfera da literatura é a da plena liberdade interior;
• A valorização da imagem ou da ilustração como linguagem sedutora e formadora da consciência-de-mundo das crianças;

Na década de 80 surgem novos escritores e ilustradores atraídos para a Literatura Infantil, desafiando o olhar e a atenção criativa do leitor para a decodificação da leitura, abrindo assim novo caminho para a literatura destinada às crianças.

No séc. XXI a obra literária para as crianças continua expandindo. Na era do “cyberspace”, na qual o poder da tecnologia domina como salto para o progresso da humanidade, cria-se um novo sistema de educação que tem a literatura como eixo o organizador das multilinguagens. A nova literatura infantil com suas multilinguagens radicadas na palavra está difundindo de maneira lúdica e simples os novos “paradigmas emergentes”. Esta nova criação literária envolvida nos processos de ruptura e reinvençãpo de antigos valores consagrados, propricia uma renovação estrutural no sistema de ensino e na literatura para os pequenos. Para tanto, necessita usar um novo código lingüístico, narrativo, etc, ..., que seja acessível à compreensão deste pequeno leitor.




3 – A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA INFANTIL


Conceituar Literatura Infantil torna-se bastante complicado, pois são várias definições que envolvem esse tema. CUNHA assim conceitua:

"(…) Literatura Infantil são os livros que têm a capacidade de provocar a emoção, o prazer, o entretenimento, a fantasia, a identificação e o interesse da criançada". (apud ALVES, 2003).

Assim, compreender a importância da literatura infantil no desenvolvimento cognitivo da criança constitui fator imprescindível, principalmente para a formação do leitor. Ser leitor é uma forma de ampliar o universo lingüístico.

Ler não é decifrar palavras. A leitura é um processo em que o leitor realiza na construção de significados dos textos, usando diferentes estratégias (seu conhecimento sobre o assunto, o autor, linguagem e escrita). Ser leitor é o meio para conhecer os diferentes tipos de textos, de vocabulários. É uma forma de ampliar o universo lingüístico.

A Literatura Infantil é importante sob vários aspectos biopsicosociais. Quanto ao desenvolvimento cognitivo, ela proporciona às crianças meios para desenvolver habilidades que agem como facilitadores dos processos de aprendizagem. Estas habilidades podem ser observadas no aumento do vocabulário, nas referências textuais, na interpretação de textos, na ampliação do repertório lingüístico, na reflexão, na criticidade e na criatividade. Estas habilidades propiciariam no momento de novas leituras a possibilidade do leitor fazer inferências e novas releituras, agindo, assim, como facilitadores do processo de ensino-aprendizagem não só da língua, mas também das outras disciplinas.



4 – O PAPEL DA ESCOLA NA FORMAÇÃO DO LEITOR

A Literatura Infantil, nas escolas, deve despertar o gosto pela leitura, pois propicia alegria, prazer, encantamento. Além de desenvolver o aspecto cognitivo da criança, facilita a aprendizagem: aumentando o vocabulário, ampliando a criatividade, a criticidade, a reflexão, permitindo assim uma nova leitura do mundo e fazendo com que o leitor se coloque num estado constante de leitura.


5 – PRÁTICAS PEDAGÓGICAS COM LITERATURA INFANTIL

Pais e professores devem explorar a função educacional do texto literário: ficção e poesia por meio da seleção e análise de livros infantis; do desenvolvimento do lúdico e do domínio da linguagem; do trabalho com projetos de literatura infantil em sala de aula, utilizando as histórias infantis como caminho para o ensino multidisciplinar.

Estratégias para o uso de textos infantis no aprendizado da leitura, interpretação e produção de textos também são exploradas com o intuito final de promover um ensino de qualidade, prazeroso e direcionado à criança.


6 – CONCLUSÃO


Assim, vejo que se faz necessário estudar e compreender a complexidade que envolve a prática pedagógica da literatura infantil; discutir a integração do trabalho com a literatura infantil na escola; estabelecer uma relação entre a literatura infantil e a prática pedagógica; analisar os fatores que influenciam no processo de uso da literatura infantil em sala de aula, pois ajudará a entender melhor a função pedagógica da mesma e possibilitará que um número maior de professores faça uso de obras literárias sem suas práticas.

Muitos pesquisadores têm discutido a respeito do problema que engloba o trabalho com a literatura. Para alguns, o problema está no aluno: não lê, não tem maturidade para entender a obra literária, e atende o apelo da mídia, que é bem maior. Para outros, o problema está no professor: que não é leitor, não tem hábitos de leitura, desconhece os propósitos da prática pedagógica de leitura em sala de aula, desconhece metodologias adequadas quanto ao uso da literatura, na suas práticas não inclui a literatura, não utilizam práticas que instrumentalizam o aluno para a interação com a obra literária. Outros atribuem a outras situações: bibliotecas mal adequadas ou insuficiente, falta de aceso ao livro, alto preço dos livros, pouco tempo para a leitura. Diante de tal situação, acredito que a literatura deva ser utilizada em sala de aula de maneira prazerosa, desvinculada dos conteúdos gramaticais, aguiçando o gosto de ler, a imaginação, favorecendo a criatividade, a interação leitor-texto, e de modo que desperte o interesse do aluno e que o mesmo seja capaz de transformar a sua realidade. Assim sendo, há necessidade de preparo dos docentes para a realização de atividades diversificadas e motivadoras; participação dos professores nos cursos de capacitação que proporcionem visão clara a respeito da literatura infantil; saber escolher obras literárias infantil.




7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS



CAGNETI, S. Livro que te quero Livro. Rio de Janeiro: Nódica, 1996, p. 23.

COELHO, N. Literatura: arte, conhecimento e vida. São Paulo: Peirópolis, 2000. 159p.

SAWULSKI, V. Fruição e / ou aprendizagem através da Literatura Infantil na escola 1.2002<
htpp: /www.cce.ufsc.Br/^neitezel/literaturainfantil/verena.htm.>abril 2003

Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI). Brasília: MEC/SEF, 1998.

http://www.sitedeliteratura.com

Respondendo: Questões 3 e 4

Questão 3
Muitos educandos apresentam dificuldades na leitura e interpretação de textos, decorrentes de fatores diversos: negligência e falta de preparo nas série inicais no período escolar, falta de acesso a livros, falta de incentivo, apoio e estímulo por parte dos pais e professores, falta de acompanhamento dos pais, alimentação, saúde, doenças, entre outros.
Acredito que se a literatura infantil fosse utilizada em sala de aula como atividade pedagógica, ajudaria a maioria dos educandos a desenvolver o senso crítico, melhoraria a auto estima, pois, além do desenvolvimento do aspecto cognitivo, estaria melhorando as relaçãoes sociais, descobrindo novos prazeres,e fazendo com que se auto conhecesse e se percebesse como ser pertencente a uma comunidade.
Atividades lúdicas que estmule: a leitura, o prazer pela descoberta, o encantamento dos livrtos, possibilitariam que estudantes que passam muitas horas diante da TV, que vê a mesma como úinico meio de prazer, diversão e lazer, descobrissem a existência de outras fontes de enriquecimento, e desligando a TV, olhasse para o outro mundo que existe nos livros e além deles.

Questão 4

Não há dúvida de que a literatura infantil favoreça o processo ensino-aprendizagem. Contudo os textos literários são utilizados em sala de aula, quase que de maneira muito tímida e não tem trazido resultados relevantes para o desenvolvimento das competências e habilidades.
Analisar os fatores que influenciam no pouco uso da literatura infantil, em sala de aula, como prática pedagógica na formação do leitor crítico e autônomo contribuirá para que educadores reflitam sobre suas práticas e propiciem aulas que estimulem o prazer pela leitura e o prazer da leitura.

Lenilda Rodrigues

ultimo dia de aula?

Dia 30/06/2009 houve a apresentação com data show dos projeto de monografia seguindo o sorteio que foi feito em sala de aula pelo professor . A primeira a fazer a apresentação foi por Loudes com o tema "A manipulação de comportamento de professores por gestores de escolas particulares da cidade de Salvador".
Logo após houve a apresentação de Dany Sandra com o tema " a violência em sala de aula" tendo como objeto de estudo a Escola Municipal Armando Carneiro da Rocha. Onde trouxe informações sobre o índice de violência em Salvador.E a ultima apresentação foi feita por Adriana com o tema "Ler o mundo para escrever a própria vida". onde esta voltado para a educação de jovens e adultos tendo como foco a alfabetização.
Após passar por vários processo de alfabetização, atualmente é mais utilizado o método de Paulo Freire.
O professor entregou os trabalhos que foram feitos em sala de aula e depois foi dito os alunos que estavam dispensandos, pois já tinham entreguem todos os trabalhos em dia.
Logo apos foi feito uma pequena confraternização com todos os alunos.

terça-feira, 16 de junho de 2009

respondendo as questões III e IV

O desenvolvimento da escrita infantil, a partir de 3 anos

O papel do professor da Educação Infantil no desenvolvimento do grafismo infantil, em torno dos 2 e 3 anos.




O desenvolvimento da escrita infantil, a partir de 3 anos

O Tema que esta sendo exposto O papel do professor da Educação Infantil no desenvolvimento do grafismo infantil, em torno dos 2 e 3 anos esta sendo elaborado a partir de leituras bibliográficas e documentais, e experiências em sala de aula. Com o objetivo primordial de conhecer o trabalho realizado pelo professor, seu entendimento sobre o grafismo infantil e sua formação,interpretando a realidade pesquisada, tentando ser bastante profundo e detalhado, tendo como local a cidade de Salvador, no bairro de Pernambués, em uma escola de pequeno porte, durante o segundo semestre do ano de 2009. As leituras bibliográficas trarão um leque de informações que serão fundamentais para a minha observação em campo. Construir, metodologicamente, uma pesquisa acadêmico-científica implica em delimitar as concepções teóricas e as técnicas que serão empregadas, de acordo com o campo que será investigado, pois como já enfatizava Lênin (1965) “o método é alma da teoria”. A metodologia aplicada em campo será qualitativa, pois o tema estudado é de origem complexa, com observação da ação do professor, e entrevistas sobre assuntos que permeiam o tema, como: formação profissional, entendimento sobre o grafismo infantil, relação emoção/produção, fases do grafismo e o que surgir. Serão recolhidas algumas produções infantis, com a autorização de pais, crianças e professor, para uma análise sobre o grafismo e a interpretação dada pelo professor. É de grande importância a análise do tema apresentado pois se formos comparar o que esta no ideal proclamado pelas reformas educacionais brasileiras na educação infantil com o real das salas de aula, iremos nos deparar com uma divergência gritante. Um exemplo é que , nesta mesma direção, a LDB também pela primeira vez na história das legislações brasileiras proclamou a educação infantil como direito das crianças de 0 a 6 anos e dever do Estado. Ou seja, todas as famílias que optarem por partilhar com o Estado a educação e o cuidado de seus filhos deverão ser contempladas com vagas em creches e pré-escolas públicas. Porém isso não ocorre.

Com relação às profissionais da educação infantil, a lei proclama ainda que todas deverão até o final da década da educação ter formação em nível superior, podendo ser aceita formação em nível médio, na modalidade normal. Ou seja, até o ano de 2007 todas as profissionais que atuam diretamente com crianças em creches e pré-escolas, sejam elas denominadas auxiliares de sala, pajens, auxiliares do desenvolvimento infantil, ou tenham qualquer outra denominação, passarão a ser consideradas professoras e deverão ter formação específica na área. É importante ressaltar o desafio que esta deliberação coloca uma vez que muitas dessas profissionais não possuem sequer o ensino fundamental.

Em relação à formação das profissionais que hoje atuam com as crianças pequenas em creches e pré-escolas, vê-se uma avalanche de cursos chamados emergenciais, em sua grande maioria pagos, e que são justificados pelo prazo estabelecido pela LDB, de dez anos desde a sua publicação, para que todas tenham formação específica em nível superior, podendo ser aceito magistério, em nível médio. Mais uma vez o governo delega a essas professoras a responsabilidade por sua formação, sem assumir como sua a tarefa de fornecer as condições objetivas para que elas se profissionalizem.

Daí surge a necessidade de um estudo mais detalhado sobre a atuação desse professor no desenvolvimento do grafismo infantil, como esse professor estimula a criança a produzir e como ele entende essa produção.

Percebe-se então que durante a pesquisa foi possível conhecer os níveis de desenvolvimento do Grafismo Infantil e a grande responsabilidade do professor na construção de um ambiente favorável ao desenvolvimento do grafismo infantil. Destaco que o prazer encontrado pela criança no grafismo deixará de existir se não forem permitidas a exploração de sua função expressiva e a realização de seu potencial criativo, por isso, analiso que o professor deve repensar as expectativas quanto ao grafismo da criança, assim como o diálogo que estabelece com ela a respeito da sua produção gráfica.

O olhar que o professor dirige ao grafismo da criança apóia-se nas concepções que ele tem sobre o desenho enquanto linguagem, idéias constituídas na sua própria história e experiência com a linguagem. Desse modo, espera-se que esta pesquisa sobre o desenvolvimento do Grafismo Infantil venha contribuir para que professores e alunos a partir dessas vivências possam compreender os elementos intelectuais (significado e contextualidade) e elementos formais (cores, linhas, intensidade e dinâmica), que são evidenciados nos desenhos das crianças dentro de suas próprias linguagens e possam a partir desse conhecimento instigar sua capacidade criadora.

Com este trabalho, espero também estar fornecendo elementos facilitadores da relação em ensino-aprendizagem, contribuindo para que os envolvidos no processo, ampliem sua capacidade perceptiva, cognitiva, assim como o seu fazer e pensar pedagógico. Durante a pesquisa compreendi que os conteúdos e métodos de ensino devem estar vinculados à experiência individual de cada aluno e com a sua própria realidade sócio-cultural. Adotar uma metodologia adequada é um tanto difícil, pois cada uma delas apresenta suas vantagens e desvantagens.





Referências bibliográficas:


FERREIRO, Emília & TEBEROSKY, Ana. (1999) Psicigênese da Língua Escrita. Porto Alegre: Artmed,

MARTINS, Maria Anita Viviane. (2004). A Evolução do grafismo infantil e escrita. São Paulo: PUC mimeo (2007) O grafismo como forma de representação. São Paulo: PUC mimeo.

Monografia elaborada por Ribeiro:

http://74.125.95.132/search?q=cache:pYmubBpmraIJ:www.nead.unama.br/site/bibdigital/monografias/grafismo_infantil.pdf+desenvolvimtno+do+grafismo+infantil&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br

Kramer, S. (Coord.) (1994) Com a pré-escola nas mãos: uma

alternativa curricular para a educação infantil. São Paulo: Ática.

BRASIL. Ministério de Educação e do Desporto. Referencial curricular nacional para educação infantil. Brasília, DF: MEC, 1998.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

respondendo as questões I e II

O papel do professor da Educação Infantil no desenvolvimento do grafismo infantil, em torno dos 2 e 3 anos.



Me interessei por este tema, por ter trabalhado, durante o ano de 2008, com crianças do grupo 3, e ter descoberto o mundo riquíssimo do grafismo que a faculdade não pode me apresentar em sua amplitude, tendo eu que me aprofundar muito em estudos da área, para tentar fazer um bom trabalho.
Toda criança, ao iniciar o contato com lápis e papel, tem isso como um brinquedo, e produz o que chamamos de garatuja, mais tarde fecham-se círculos e agregam-se filamentos na representação da figura humana, casas, árvores, brinquedos, enfim todo o universo visual de quem está descobrindo o mundo e/ou seu ambiente, começando assim a perceber sua produção e aos poucos construir idéias diversas. Ela vai descobrindo caminhos a partir de suas ações e do que lhe é apresentado. É fato que, o desenvolvimento desse grafismo não deve mais ser entendido como treinamento limitado apenas, mas sim, como representação de idéias sistemáticas ou não, com intenção de “escrever” para comunicar ou simplesmente expressar. Isso significa portanto que há comunicação e expressão, que há muito mais do que uma ação sensório-motora, que há construção de conhecimento, evolução de idéias, há inteligência, há emoção, uma rede complexa e intensamente ativa, onde o professor que esta à frente de uma turma de Educação infantil, deve estar preparado para estimular esse desenvolvimento.
O objetivo dessa pesquisa é saber de que forma esse professor da Educação Infantil está preparado para estimular o seu aluno; compreender o significado do grafismo infantil; as etapas da evolução do grafismo infantil; o desenvolvimento do grafismo infantil; conhecer o trabalho realizado pelo professor dessa classe que ainda é pouco preparado e valorizado por nossos órgãos públicos; observar estrutura do ambiente e materiais disponíveis.
É importante que o professor tenha claro que a representação infantil não é um desenho mal feito, mas uma expressão de uma mente em desenvolvimento, e que quanto mais essa criança for estimulada, com materiais diversos e com a linguagem oral, mais habilidades ela vai construir.
A formação de professores é um dos itens contemplados pela LDB, em seu artigo 62 redigido nos seguintes termos: “a formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério da educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade normal”. Aqui chama-se a atenção para a ênfase na formação de professores da educação infantil, cuja redação na LDB, é clara ao afirmar que é admitida a formação em nível médio, porém exigindo que seja na modalidade normal. Isto significa que é emergente a habilitação desses profissionais, conferindo-lhes a graduação necessária para que possam continuar a atuar neste nível de ensino. A mesma LDB, instituiu a década da educação, iniciada em 1997 que teve seu encerramento em 2007, afirmando que até o final deste período, somente seriam admitidos profissionais habilitados em nível superior ou formados por treinamento em serviço. Esse prazo já foi extinto, porém, ainda é fácil encontrar professores de Educação Infantil sem a graduação ou sem o devido treinamento, atuando em diversas escolas da cidade de Salvador.
Um professor de Educação Infantil deve buscar entender o significado que tem o grafismo infantil, buscar entender o porque que no primeiro contato da criança com lápis e papel, ela risca intensamente, produzindo rabiscos ou garatujas, até que a ponta termine, muitas vezes, extrapolando os limites do papel, indo para o próprio corpo e objetos próximos.
Derdyk destaca que:
A permanência da linha no papel se investe de magia e esta estimula sensorialmente a vontade de prolongar este prazer, o que significa uma intensa atividade interna, incalculável por nós adultos. (1989, p. 56)
Portanto, é a partir dessa ação que a criança começa a associar traços e gestos, ocasionando em desenvolvimento da mente, ela começa a perceber entre seus traços, traços do universo que a rodeia. Com o surgimento das sensações imediatas, isso se intensifica, fazendo com que a criança perceba cada vez mais as diferenças e semelhanças entre suas produções e o mundo, fazendo surgir assim traços mais fechados, arredondados. A partir desses traços arredondados, como o círculo, a criança pode executar outros desenhos, passando, como toda evolução, pela conservação e modificação do tipo.
O grafismo infantil tem três fases: realismo fortuito, realismo falhado e o realismo intelectual. A criança com idade entre 2 e 3 anos, passa pela fase do realismo fortuito, onde não existe profundidade, pois primeiramente é um movimento esporádico, que só depois se tornam desejados, como se fossem uma vontade de se expressar, tudo isso devido ao pensamento infantil ser tão rico e desordenado.
Durante a pesquisa foi possível conhecer os níveis de desenvolvimento do Grafismo Infantil e a grande responsabilidade do professor na construção de um ambiente favorável ao desenvolvimento do grafismo infantil. Destaco que o prazer encontrado pela criança no grafismo deixará de existir se não forem permitidas a exploração de sua função expressiva e a realização de seu potencial criativo, por isso, analiso que o professor deve repensar as expectativas quanto ao grafismo da criança, assim como o diálogo que estabelece com ela a respeito da sua produção gráfica.
O olhar que o professor dirige ao grafismo da criança apóia-se nas concepções que ele tem sobre o desenho enquanto linguagem, idéias constituídas na sua própria história e experiência com a linguagem. Desse modo, espera-se que esta pesquisa sobre o desenvolvimento do Grafismo Infantil venha contribuir para que professores e alunos a partir dessas vivências possam compreender os elementos intelectuais (significado e contextualidade) e elementos formais (cores, linhas, intensidade e dinâmica), que são evidenciados nos desenhos das crianças dentro de suas próprias linguagens e possam a partir desse conhecimento instigar sua capacidade criadora.
Com este trabalho, espero também estar fornecendo elementos facilitadores da relação em ensino-aprendizagem, contribuindo para que os envolvidos no processo, ampliem sua capacidade perceptiva, cognitiva, assim como o seu fazer e pensar pedagógico. Durante a pesquisa compreendi que os conteúdos e métodos de ensino devem estar vinculados à experiência individual de cada aluno e com a sua própria realidade sócio-cultural. Adotar uma metodologia adequada é um tanto difícil, pois cada uma delas apresenta suas vantagens e desvantagens.


Referências bibliográficas:

FERREIRO, Emília & TEBEROSKY, Ana. (1999) Psicigênese da Língua Escrita. Porto Alegre: Artmed,

MARTINS, Maria Anita Viviane. (2004). A Evolução do grafismo infantil e escrita. São Paulo: PUC mimeo (2007) O grafismo como forma de representação. São Paulo: PUC mimeo.

Monografia elaborada por Ribeiro:
http://74.125.95.132/search?q=cache:pYmubBpmraIJ:www.nead.unama.br/site/bibdigital/monografias/grafismo_infantil.pdf+desenvolvimtno+do+grafismo+infantil&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br

segunda-feira, 25 de maio de 2009

PROJETO DE MONOGRAFIA
RESPONDENDO AS QUESTÕES I E II.

A EDUCAÇÃO POPULAR NO CAMINHO DA EMANCIPAÇÃO HUMANA

Daniela Silva


A educação popular se constituiu, entre as décadas de 50 e 60 do século passado, como um paradigma educacional relacionado às diversas lutas de libertação dos povos latino-americanos. Foram diversas experiências educativas implementadas nesse período histórico que, juntas implementaram o campo pedagógico denominado educação popular, que virou referência para as lutas em prol de grupos excluídos socialmente e de diversos movimentos sociais.
Segundo Zitkoski (2000), esse movimento pedagógico originário da Educação Popular propôs uma teoria inovadora nas relações homem-sociedade-cultura. Enquanto pedagogia, a Educação Popular fundamenta-se concretamente na transformação da realidade social através de uma visão libertadora.
Esta educação deve ser para o povo, mas uma educação que o povo cria que vem de base, de baixo para cima. Através de um processo de emersão das classes sociais marginalizadas, que passam de objetos do sistema econômico para sujeitos políticos.
Isso justifica, basicamente, a minha opção por este paradigma e a possibilidade que vislumbro nele de se constituir numa poderosa ferramenta para a emancipação humana na educação popular.
Emancipação é conscientização, racionalidade e ao mesmo tempo, adaptação dos homens ao mundo, no sentido de ensejar orientações para que estes homens e mulheres se situem no mundo. Neste aspecto, acentua a ambigüidade do conceito de educação para a consciência e racionalidade. Uma educação emancipatória deve desenvolver princípios individuais e sociais (adaptação e resistência). Segundo Feitoza (2006), a educação deveria fortalecer a resistência mais que as condições de adaptação dos humanos e humanas.
Será possível pensar em uma educação popular emancipatória? A pesquisa pretende mostrar quais as contribuições da educação popular para a emancipação humana, percebendo que uma educação popular necessita estar fincada na constituição de novas relações econômicas, sociais e culturais, caminhando na direção do reino da liberdade. Com isso investigarei como a Educação Popular pode contribuir efetivamente para a constituição de sociedades democráticas, pois a emancipação exige democracias; democracia de processos institucionais; novas interações pedagógicas são espaços para a Educação Popular; - o conhecimento e o domínio processual das necessidades da natureza; o materialismo histórico e dialético ainda se apresenta como uma das possibilidades vigorosas, no campo teórico – metodológico da Educação Popular.
Quero afirmar que não percebo esses indivíduos inseridos na educação popular de forma isolada, pois a possibilidade da emancipação humana nos obriga a discutir a sociedade capitalista e seus processos de exclusão/inclusão. Eis ai um grande desafio dos(as) educadores(as) comprometidos(as) ética e politicamente com as classes populares.

REFERÊNCIAS


ZITKOSKI, Jaime José. Horizontes de (re) fundamentação EM EDUCAÇÃO POPULAR. Um diálogo entre Freire e Habermas. Frederico Westphalen; URI, 2000.

SILVA, Márcia Alves da. BAVER, Jaciara Krolow. Educação e trabalho como um processo de emancipação humana com a população carcerária. Xerografado, s/d.

FEITOZA, Ronney da Silva. Educação Popular e emancipação humana: matrizes históricas e conceituais na busca pelo reino da liberdade. Anped, GT: Educação popular. Xerografado, s/d.


quinta-feira, 21 de maio de 2009

relatorio da aula do dia 21

a aula começou com a apresentação , Lenilda que falou sobre a A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA INFANTIL e falou da necessidade de começar a trabalhar desde o inicio para que os alunos não cheguem até o ensino médio sem entender o que acabou de ler como muito vem acontecendo atualmente.
Logo após a colega Loudes falou sobre o seu tema a A MANIPULAÇÃO DE COMPORTAMENTO A QUE GESTORES DE ESCOLAS PARTICULARES DE SALVADOR SUBMETEM OS PROFESSORES.
em que muitos professores acabam sendo submetido a uma violência moral. Os gestores dessas escolas que muitas vezes estão interessados apenas no seu interesses acaba humilhando e desrespeitando com palavras, gestos e com incentivo a competividade que muitas vezes os professores acabam trabalhando individualmente.
Depois foi a fez de Adriana que falou que o tema já existe por volta de 2 anos com o tema sobre A ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS. que atende aos trabalhadores de baixa renda, falou sobre a importância da alfabetização para os trabalhadores que o ajudaria a sair da sua condição atual. Irá constar também sobre o papel do professor na formação desse indivíduo.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Relato da aula do dia 19/05

A aula começou com a apresentação da aluna Carolina Campos, cujo tema de monografia consiste nas "Mudanças ocorridas no processo de formação continuada dos professores da rede municipal de Salvador para trabalharem a lei 10639/03."Logo em seguida, a aluna Caroline Moura apresentou seu projeto de monografia. Seu tema refere-se à importância de uma educação escolar voltada aos valores humanos. O professor falou do livro " a arte de ler" do autor Mortiner José Adler. Nas próximas aulas continuam as apresentações.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Minha monografia- A importância da educação de valores humanos na escola

Introdução

Atualmente se observa que nas instituições educacionais ocorre uma supervalorização da formação de futuros profissionais. Os conteúdos, muitas vezes, são ensinados com uma essência unicamente técnica e distante do interesse dos alunos, deixando de lado a educação do ser integral, que também possui sentimentos e precisa desenvolver valores morais para atuar como bons cidadãos dentro da nossa sociedade.
No Brasil, o grande índice de violência urbana e de corrupção, mostra a necessidade de uma educação mais plena e humanista, que procure entender o aluno como um ser de caráter individual, que possui uma realidade social. Dessa forma o educador poderá se aproximar do educando e intervir de maneira que possa lhe atribuir valores que irá contribuir na sua formação.

“ A ética pode ser importante no estabelecimento de normas para o convívio social, a fim de impor limites ao egoísmo e à violência, tão profundamente arraigados na maneira de ser dos humanos.”(CATÃO, Francisco, pg.30)

Mas o que são valores humanos? Valores podem ser definidos como fundamentos que devem determinar as ações do homem na convivência social. Não necessitam de explicações maiores para existir, eles existem em si mesmos, pois, por exemplo, devemos ser solidários com os outros por que a solidariedade é um valor, assim como a honestidade, a humildade, a tolerância, e assim por diante. Os valores são universais.
Esta pesquisa tem como objetivo investigar a real importância de uma educação escolar pautada nos princípios dos Valores Humanos, sendo abordado os seguintes temas:

Educação de valores e educação religiosa - diferenças e semelhanças
Possibilidades de como educar os valores na escola e prováveis resultados
Cidades Educadoras - Um programa de educação integral

No espaço social cheio de conflitos e maus exemplos que está dentro da realidade do aluno, é importante que pedagogos pensem mais na questão de desenvolver o lado humano e cidadão do seu educando, criando estruturas para que isso ocorra. Essa supervalorização na formação de profissionais bem sucedidos podem até formar pessoas críticas, mas não definem suas condutas para o bem ou para o mal. O homem pode utilizar sua capacidade intelectual para criar ou destruir. Por isso a importância de se desenvolver valores humanos dentro da escola.


1-Educação de valores e educação religiosa - diferenças e semelhanças

Quando se fala em valores humanos e éticos na educação, é comum se fazer uma ligação com ensino religioso. Isso acontece por que na história, houve um predomínio da Igreja sobre os vários setores sociais, inclusive a educação, o que deixa seus vestígios ainda na atualidade. “Essa maneira de entender a educação ética como componente da educação religiosa acabou prevalecendo no cristianismo e se cristalizou no inicio da era moderna...” (CATÃO, Francisco, pg. 26). Isso está tão enraizado que quando uma mãe pretende uma educação integral para o seu filho, por exemplo, procura de preferência uma instituição religiosa, para educar com valores humanos e éticos. Mas uma educação ética autônoma é diferente de uma educação ética religiosa cristã, apesar de haver também convergências.
Na educação ética cristã, os valores são apreendidos e exercidos, algumas vezes para uma transformação do interior do indivíduo afim da sua evolução espiritual, outras vezes para agradar a Deus ou mesmo por temor a ele. Neste último caso, apreender valores por medo, é insuficiente por que o indivíduo apenas age de acordo com alguns princípios por que se sente oprimido, perdendo sua autonomia. Ele age segundo os valores que apreende da sua religião por que teme a Deus, o que não significa uma real transformação interna.
A educação ética autônoma é a apreensão dos valores humanos para transformação do indivíduo e consequentemente para transformação social, baseados no próprio desejo da justiça, da paz, e do respeito na sociedade. Não se trata de negar a religiosidade, já que a própria religiosidade pode ser um complemento para que essa transformação ocorra, mas trata-se de respeitar diversidade de crenças, o que por sua vez faz parte dos valores humanos. Não se trata também de negar a importância das instituições religiosas de ensino, como as Escolas adventistas, católicas, ou espíritas, já que existem grupos sociais que preferem que a educação de seus filhos ocorra em uma linhagem religiosa específica. Trata-se de trazer a educação de valores morais e éticos também para escolas laicas, sejam elas públicas ou particulares, desvinculado esses princípios da religiosidade, como não estamos acostumados a fazer.


2- Possibilidades de como educar os valores na escola e prováveis resultados

Educar valores na escola não é tarefa fácil. Implica enfrentar complexibilidades de situações variadas. Há casos, por exemplo, em que a questão da segurança e do valor entram em conflito na escola, como o modelo a seguir dado por Klébis (Klébis e Menin, 2000, p. 36) :
“Uma determinada escola pública recebeu a denúncia que alguns alunos estariam levando "droga" para ser distribuída dentro da escola. A diretora comunicou o fato à Polícia Militar que determinou a averiguação da denúncia imediatamente. Justamente neste dia, uma 5ª série estava em aula vaga no pátio devido à falta de um professor. Eram alunos cuja faixa etária se concentrava entre 10 a 12 anos. Com a chegada da Polícia Militar na escola, a Diretora solicitou à inspetora de alunos que chamasse os meninos para a sala de vídeo, dizendo aos mesmos que eles iriam assistir a uma projeção. Em hipótese alguma os alunos deve-riam saber que os policiais estavam na escola. Na sala de vídeo, os alunos foram submetidos a uma revista pelos policiais, ficando apenas de cuecas. Como se não bastasse, passaram pelo constrangimento de terem que abaixar a cueca, ficando de cócoras (procedimento usado nos presídios para detectar a presença de droga no ânus). A Diretora argumentou, em resposta à revolta dos pais, que sua intenção era a de proteger os alunos contra as drogas que poderiam estar circulando pela escola, bem como descobrir os culpados”.
Este exemplo mostra um dilema moral que em busca da segurança dos alunos, a diretora utilizou de estratégias que envolveram toda uma situação de constrangimento e de revolta dos pais, achando ela que tinha certeza que aquela era a coisa certa a se fazer. Mas ela não pensou na questão da autonomia dos alunos. Eles foram forçados a passar por uma situação constrangedora que poderia também ser resolvida de outra forma: passar a informação para as crianças sobre os malefícios que a drogas propiciam e auxilia-las a decidirem por si mesmas a se protegerem dos riscos que as drogas podem causar. Essa forma traria resultados prolongados, e eficazes ao contrário da ação imediata realizada pela diretora, que poderia causar até revolta e reação contrária ao desejado por ela nos alunos. Esta é uma possibilidade entre outras que poderiam surgir.
Então fica uma questão: Que outras possibilidades se poderia citar para que a escola eduque o valor e a ética nos alunos? A resposta é: infinitas, já que as situações são imprevisíveis. Por isso o professor deve estar preparado para enfrentar as diversas situações que surgir, dando o exemplo através da ação. Ação esta, que deve também estar pautada nos próprios valores como os de justiça e respeito.
Nos exemplos a seguir, temos três exemplos interações professor-aluno, de salas de aula no jardim de infância de escolas públicas, tiradas de gravações em vídeos, envolvendo dois dias em cada classe. A primeira classe parece um “campo de treinamento de recrutas”, onde a professora é o sargento:
“Ouçam, minha paciência não vai durar muito com vocês hoje. Sente-se (gritando e apontando seu dedo para uma criança)! Três, 6, vamos (enquanto a professora bate palmas uma vez para cada número, tanto ela quanto as crianças recitam em uníssono). Três, 6,9,12,15,18,214,24,27,30. Múltiplos de 5 até 100. Vamos...” ( DEVRIES, Retha; ZAN, Betty, pp. 18).
Nesta sala as crianças não possuem nenhum autocontrole autônomo, pois a professora controla totalmente o aluno, lhes diz o que fazer e o que devem pensar. Além disso, elas não podem se relacionar socialmente na sala, umas com as outras, tem que ficar o tempo todo em silencio e quietas nas carteiras. Suas idas ao banheiro têm horários estabelecidos. O recreio é privado pelo “mau comportamento”. O estresse desta sala de aula contribui para que as crianças se agridam mais umas com as outras do que qualquer outra sala de aula.
A segunda classe, a professora é uma mentora amistosa, onde os alunos são ouvidos e sentem-se à vontade.
“A mãe de M traria nosso lanche hoje, mas ela não chegou aqui a tempo e então ficou para amanhã. A única coisa que temos para comer aqui são algumas caixinhas de passas de uva. Nosso problema é que não temos o suficiente para darmos para cada pessoa uma caixa inteira. (M levanta a mão). M tem uma idéia. O que devemos fazer, M? (M sugere que abram as caixas e distribuam as passas em pratos) Essa é uma boa idéia.Se todos tivessem um prato, quantos pratos precisaríamos (sorri, na expectativa)? (E diz que 17, mas L chama a atenção para o adulto que está filmando (B), para N ( que preferiu não participar do grupo) e para as duas crianças que estão dormindo e não foram contadas)...” ( DEVRIES, Retha; ZAN, Betty, pp. 19).
Nesta sala, os alunos têm autonomia, a professora ouve as sugestões deles, respeita suas idéias, auxilia para que os próprios alunos construam suas regras, sustenta o valor da justiça, a ida no banheiro não tem horário estabelecido, e os conflitos são oportunidades das crianças refletirem sobre a opinião do outro. O afeto na sala é uma constante.
A terceira classe, a professora parece uma gerente que guia qual deve ser as ações dos alunos, em um tom calmo e sério:
“Vamos colocar um zíper aqui (faz um movimento de fechar um zíper em sua boca) por que precisamos olhar e prestar atenção. Aqueles que desejam aprender, sentem-se e escutem. Se vocês querem brincar, terão de fazer isso depois, OK? E, sente-se. ( A criança pede para beber água ). Não, sinto muito, estamos esperando que você se sente...” ( DEVRIES, Retha; ZAN, Betty, pp. 19).
Nesta sala, os alunos possuem pouca autonomia, e o ambiente da sala é relativamente relaxado. A professora possui uma relação impessoal com seus alunos e sua vontade prevalece. Quando há discussões entre os alunos, a professora não tenta solucionar o problema com justiça, passando por cima dos sentimentos da vítima. As crianças não possuem auto-confiança.
Podemos perceber nesses exemplos, interações diferentes entre professor-aluno e aluno-aluno e os resultados que essas ações proporcionam. O segundo exemplo é o único que obedece ao ideal de uma classe com um bom ambiente sócio-moral.

4- Cidades Educadoras - Um programa de educação integral

Existem atualmente algumas instituições e organizações educacionais que têm como principal objetivo a educação integral do ser humano, provando a possibilidade de se trabalhar os valores do homem e servindo de exemplo para outras instituições. Algumas pertencem a um determinado país, estado, cidade ou município e outras tentam abranger todo o planeta.
Em Barcelona, no ano de 1990, no I Congresso Internacional de Cidades Educadoras, iniciou-se o movimento das Cidades Educadoras que deu origem, em 1994, à Associação Internacional das Cidades Educadoras (AICE). Esse programa, apesar de possuir o objetivo de abrangência internacional da sua idéia, funciona dentro da cidade associada ao programa. Em outubro de 2004 já faziam parte da AICE 293 cidades de 33 países.
O AICE, é uma associação onde tem como objetivo, fazer funcionar a idéia do programa Cidades Educadoras, ou seja, cidades que usem, com a ajuda de vários segmentos sociais, com a comunidade local, as instituições e as entidades particularmente educativas, usem a sua capacidade de educar formal, informal e não formalmente o seu cidadão, principalmente crianças e jovens, independente de classe, ou gênero. Cada cidade educa segundo suas características culturais, usando suas potencialidades educacionais, seguindo os princípios da Cidade Educadora, definido na Carta das Cidades Educadoras. Esta carta fundamenta-se na Declaração Universal dos Direitos do Homem (1948); no Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (1966); na Declaração Mundial da Educação para Todos (1990); na Convenção nascida da Cúpula Mundial para a Infância (1990) e na Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural (2001).
O projeto possui três funções pilares: o desenvolvimento da Cultura, da Educação e da Ação Social. Como um exemplo, na cidade de Braga, associada das Cidades Educadoras, já foi registrada:

“... a emergência e o desenvolvimento de programas de educação ambiental em colaboração com empresas públicas municipais e as campanhas de sensibilização da população, a promoção de actividades englobadoras de centros de interesse de associações locais e de animação de rua, o apoio a iniciativas locais (algumas delas de alcance nacional), a disponibilização de espaços para sede e funcionamento de associações e comissões diversas, a criação de parques e espaços de lazer, as iniciativas de ocupação e mobilização das crianças em períodos de férias escolares, a criação e dinamização de espaços culturais municipais e de espaços e programas pedagógicos, a evolução da política de remoção de barreiras arquitectónicas nas ruas e edifícios de acesso público, os programas de recuperação do centro histórico e de criação e alargamento da zona pedonal, a oferta de programas e roteiros de “visita guiada” a Braga monumental e histórica, as medidas de prevenção e segurança e a coordenação dos bombeiros sapadores e da polícia municipal, a evolução das políticas de alojamento das pessoas com menores recursos económicos, a política de articulação da rede e horários dos transportes públicos com a rede e horários dos estabelecimentos de educação e ensino, a articulação da política de crescimento urbano e de expansão dos equipamentos escolares.”(MACHADO, Joaquim: Actas dos ateliers do Vº Congresso Português de Sociologia, pp. 87)


Pode-se perceber através das ações realizada em Braga uma grande mobilização de estruturas sociais e ações de caráter cultural, o que é importante para a formação da identidade do cidadão dentro da sua cultura, mas ainda não cita a educação dos valores humanos como um dos objetivos do programa. Mas alguns dos princípios da Carta das Cidades Educadoras, mostram que a educação de valores também é uma das finalidades do programa:

-9-

“A cidade educadora deverá fomentar a participação cidadã a partir de uma perspectiva crítica e co-responsável. Para tanto, o governo local deverá oferecer a informação necessária e promover, transversalmente, orientações e atividades de formação em valores éticos e de cidadania.
Deverá estimular, ao mesmo tempo, a participação cidadã no projeto coletivo, a partir das instituições e das organizações civis e sociais, levando em consideração iniciativas privadas e outras formas de participação espontânea.” (Carta das Cidades Educadoras, pg. 6).

-10-

“O governo municipal deverá dotar a cidade de espaços, equipamentos e serviços públicos adequados ao desenvolvimento pessoal, social, moral e cultural de todos seus habitantes, com especial atenção à infância e à juventude”. (Carta das Cidades Educadoras, pg.7).

-20-

“A cidade educadora deverá oferecer a todos seus habitantes, como objetivo cada vez mais necessário à comunidade, formação a respeito de valores e práticas de cidadania democrática: o respeito, a tolerância, a participação, a responsabilidade e o interesse pela coisa pública, por seus programas, seus bens e seus serviços”. (Carta das Cidades Educadoras, pg. 9).

O principio 9 deixa claro que para que haja uma participação responsável e crítica dos cidadãos no programa, é necessário um educação de valores. O 8º principio já prioriza os espaços equipamentos e serviços públicos para que todos os habitantes, principalmente crianças e jovens, tenham um desenvolvimento integral (pessoal, social, moral e cultural). Já o principio 20 mostra que o programa deverá oferecer para a população a formação dos valores humanos para a prática da cidadania, que segundo a carta, se faz cada vez mais necessário para comunidade.
Através do exemplo desse programa, podemos perceber que a formação integral, se faz necessário na educação. Não se deve ensinar apenas o necessário para “passar no vestibular”, e nem somente o ensino de valores. Deve haver o equilíbrio entre ambos, além da valorização da cultura em que o individuo está inserido, para que se forme também a sua identidade cultural, importante para a sua compreensão e atuação na sociedade.

sábado, 16 de maio de 2009

Aula do dia 14/06

A aula começou com a apresentação da colega Nayara, com seu projeto de monografia que tem com tema "A avaliação escolar". Logo depois foi a vez da colega Maria Conceição com o tema sobre a importancia dos contos de fada na educação infantil. Já Thiala apresentou o tema ludicidade na pedagogia hospitalar.

Bom fim de semana!!!

Ass: Carol Moura

terça-feira, 12 de maio de 2009

Relato da aula do dia 12/05/09

Na aula de terça-feira estava programada na agenda, o início das apresentações dos projetos de monografia respondendo as questões números 01 e 02.
A colega Verônica Novis iniciou a sua apresentação sobre o seu projeto de monografia comunicando a troca de tema em virtude de ter encontrado outro eixo temático mais viável que o anterior. O título provisório versa sobre o "Projeto Horta Escolar: as condições para os processos de ensino e aprendizagem para a Escola Municipal Rio das Contas e para o desenvolvimento sustentável". Esta escola se localiza na zona rural do município de Manoel Vitorino, no semi-árido baiano.
A apresentação seguinte ficou a cargo da colega Meirejane Santos Souza, e o projeto de monografia dela tem como titulo " Evasão Escolar no ensino superior no curso de Pedagogia da Universidade Federal da Bahia". Inicialmente na introdução do projeto consta um conceito de evasão, no qual explica que é o desligamento da instituição de ensino, sem que esta tenha controle do mesmo, usado como desculpa os diversos fatores internos e externos que acabam incentivando e interferindo, para que continue aumentando o índice de evasão.
A autora do supracitado projeto explica o que seriam esses problemas internos: metodologias dos professores, que muitas vezes não conseguem prender os alunos que se mostram desinteressados, professores que administram as sua aulas sem planejamento deixando a turma sem referência de mestre em sala de aula. Professores descompromissados, metodologias e outros. Os problemas externos indicam que a falta de ajuda quanto as condições dos alunos, não estender o número de vagas nas creches para os filhos dos alunos, não ampliação das bolsas de estudo e pesquisa, condição social do aluno, filhos, trabalho, transporte, moradia e outros fatores podem contribuir para a evasão dos estudantes.
Após a exposição dos projetos das colegas, o professor Miguel Bordas fez uma exposição oral acerca da aprendizagem significante, teorias da prendizagem (inclusive e relevante: objetiva e subjetiva) e jogos infantis.
Próxima aula será a continuação dos projetos de monografia respondendo as questões segundo a escala de apresentações.

Atensiosamente,

Carolina Campos
Estudante 8º semestre de Pedagogia - FACED/UFBA

sexta-feira, 8 de maio de 2009

PESQUISAS NO GOOGLE (referente a apostila)

Aí vai um pouco sobre as pesquisas que realizei (demorou, mas chegou!)...

PESQUISA DE BUSCA NO GOOGLE

Após algumas leituras sobre o Relatório Faure, consigo relacioná-las com o meu tema na medida em que penso que o Projeto Horta Escolar traz muitas contribuições para a Escola Municipal Rio das Contas, que atende o público infantil. Faure afirma que a escola de educação infantil deve organizar flexível e livremente o ensino de crianças em idade pré-escolar, procurando meios de associar a família e a comunidade. E é isso que o Projeto que vou analisar propõe. Uma educação significativa para os alunos da Escola e uma integração com toda a comunidade da região. Além disso, favorece a construção integral do ser para que esse se torne um adulto autônomo.


Apesar da sigla AICE significar Associação Internacional de Cidades Educadoras e o meu tema de monografia ser focado no âmbito rural, consegui perceber relações entre ambos. O projeto Horta Escolar visa o desenvolvimento sustentável da região, ou seja, promove ações para melhorar a qualidade de vida dos habitantes da mesma. Também em consonância com os princípios da AICE, ainda fortalece a parceria e a troca de experiências entre todos os envolvidos no processo. Assim como a AICE, o Projeto é uma iniciativa de referência (no meu caso, para muitos municípios rurais da Bahia) que dá certo.
Considero demasiadamente importante o fato da cidade educadora ter como objetivo permanente o aprender, o trocar, o partilhar e, por consequência, enriquece a vida dos seus habitantes, formando-os e desenvolvendo-os como seres humanos e profissionais. As crianças da EMRC, a partir das ações do projeto, podem atuar em sua comunidade produtivamente e serem multiplicadores (dentro de casa, trocando idéias com outras gerações) dos conhecimentos construídos no espaço escolar.
O Projeto torna-se mais interessante ainda por respeitar e, ao mesmo tempo, fortalecer a identidade campesina da região em que foi implantado e entendo que o respeito à diversidade e a não modulação é um dos pontos cruciais para que os processos de ensino-aprendizagem sejam prazerosos e significativos.
A horta construída na EMRC, além de contribuir para a aprendizagem dos alunos ao possibilitar um trabalho interdisciplinar, ajuda na manutenção do espaço escolar, pois os seus produtos (totalmente orgânicos) são usados na merenda escolar das crianças e vendidos para moradores locais. Ou seja, o dinheiro arrecadado com as vendas, vai para o caixa escolar.


Ao ler sobre Bruner, descobri que ele é um estudioso da Psicologia Cognitiva que busca entender melhor a atividade mental e encontrei, em um artigo, uma citação do mesmo que diz que cultura “é um conjunto de ferramentas com técnicas e procedimentos para entender o seu mundo (do indivíduo) e lidar com ele.”. Acredito que a horta (mas não só ela sozinha; é uma junção de muitos outros fatores e fatos) serve como uma “ferramenta com técnicas e procedimentos” que proporcionará a toda comunidade escolar conhecimentos interligados com a realidade em que vive.

As leituras sobre “APRENDIZAGEM DE LONGA VIDA SUSTENTÁVEL” serviram bastante para reflexões a respeito de meu tema, que envolve, intimamente, o desenvolvimento sustentável de uma região. Essa frase do texto Ecologizar sintetiza o que é desenvolvimento sustentável: “A característica central do desenvolvimento sustentável é sua capacidade de perdurar ao longo do tempo, mantendo um padrão de vida adequado.” (RIBEIRO). Quero ver, através de minhas pesquisas e estudos sobre o projeto, perceber com mais clareza como ele é capaz de desenvolver sustentavelmente a região, em equilíbrio com o meio ambiente. Atualmente, se não cuidarmos do nosso planeta, continente, país, estado, cidade, bairro, casa... Nada poderemos ser e obter. Não dá mais, diante das respostas que a natureza e o próprio mundo nos dão, para continuar vivendo sem pensar nas conseqüências de nossas atitudes e, consequentemente, desconsiderando o bem-estar das gerações futuras. Os seres humanos e suas comunidades precisam, urgentemente, encontrar modos de conviverem harmoniosamente com o meio em seus aspectos ambientais, sociais e econômicos, sem abandonar idéias de crescimento e evolução. Que desafio grande (!), mas não acho impossível se cada um, assim como o IDAN – Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Agronegócio – ONG que viabiliza o Projeto Horta Escolar, fizer a sua parte através de ações que promovam um desenvolvimento sustentável e uma consciência sobre o assunto. E o projeto Horta Escolar procura envolver toda a comunidade no processo por acreditar que essa é a única saída para o empreendimento dar certo.

Pesquisando sobre “O ensino na sociedade do conhecimento”, encontrei um ótima resenha de Francisco Valente sobre o livro de Andy Hargreaves – O ensino na sociedade do conhecimento: A educação na Era da Insegurança. Concluo, após a leitura, que a escola e os professores devem priorizar o ensino a serviço da criatividade e inventividade para que os estudantes tenham condições de viverem bem e alcançarem uma estabilidade econômica pautada em valores éticos e de parceria com a comunidade, no sentido de construírem uma sociedade mais justa. Outra questão relevante para o meu trabalho monográfico, já que esse envolve a configuração do currículo de uma escola campesina:
“A reforma educacional padronizada (isto é, que não leva em conta as peculiaridades, necessidades e expectativas da clientela escolar) tem tanto valor para uma economia do conhecimento vigorosa em uma sociedade civil forte quanto gafanhotos para uma plantação de milho”. (Hargreaves).
O livro exemplifica uma escola que consegue ensinar na sociedade do conhecimento e percebi uma ligação entre o que se preconiza na EMRC: “A escola promove equipes nesse sentido, envolve a todos no contexto geral de seus rumos, utiliza a tecnologia para promover a aprendizagem pessoal e organizacional, baseia as decisões em dados compartilhados e envolve os pais na definição dos rumos dos estudantes quando estes deixam a escola. É uma comunidade de cuidado e solidariedade, bem como uma comunidade de aprendizagem que dá à família, aos relacionamentos e a uma preocupação cosmopolita com os outros no mundo.”
Enfim, precisamos refletir sobre que tipo de ensino queremos para a sociedade atual: um que alimenta o capitalismo, sua fúria e as desigualdades, ou um que busque transformar o espaço em que vivemos em um local mais justo?


Vale ressaltar que se minha monografia ainda fosse sobre Formação de Professores, com certeza eu iria adicionar o texto de Rita de Cássia Medeiros Gomes - “Formação de Professores: um olhar ao discurso do docente formador” - às minhas referências bibliográficas. Esse é um texto que aborda questões importantíssimas em relação ao tema através de uma linguagem simples e de fácil entendimento.










quinta-feira, 7 de maio de 2009

Minha apresentação

Gente, como eu não vim na aula passada, vou colocar minha apresentação pro dia 19/05 e 2/06.
Ass: Caroline Moura

terça-feira, 5 de maio de 2009

Relatório da aula do dia 05/05/09

No dia de hoje (05/05/09) o professor inicia a aula apresentando alguns pontos necessários para responder as questões 1 e 2 de acordo com o tema escolhido, além do conhecimento de parágrafo. São eles:
· Quadro teórico;
· Quadro conceitual;
· Referencial teórico.
→ Conceitos: origem e evolução
→ Antecedentes: o que já foi feito, o que já se sabe, em que contexto, espaço e tempo, dimensão temporal e espacial, explanando o tema de uma forma mais concreta, indicando o lugar, tempo, quando ocorreu ou ocorrerá à proposta abordada na monografia. Além do estado, que também indica tempo, se ontem, hoje e amanhã e em qual contexto, se social, político, educacional, emocional, sem esquecer de utilizar as oito dimensões do parágrafo que já foi estudado.
A colega Daniela, apresenta o seu tema, “Emancipação Humana” e tira uma dúvida com o professor perguntando se o quadro teórico deve ser relacionado com o seu tema, e o professor respondeu que sim, que devemos falar sobre os tópicos acima, utilizando o nosso tema. Miguel comentou um pouco sobre o tema citado por Daniela, se remetendo a Paulo Freire, Leonardo Boff e Dalai-lama, que falam sobre esse assunto.
Miguel fala ainda da importância da simpatia pelo tema escolhido, para que a monografia seja prazerosa, pois como ele mesmo disse utilizando-se de uma metáfora, a monografia é um parto. Por isso devemos ter prazer em fazê-la, para que seja um parto normal.
A aluna Naiara ficou responsável em pesquisar qual a data prevista pelo Colegiado para entrega da monografia, para informar a turma na próxima aula.
No segundo momento, as alunas Gabi e Lourdes ficaram responsáveis pela organização do cronograma de apresentações dos trabalhos, ficando dividido da seguinte forma:
MAIO/2009 – Apresentação das questões 1 e 2
07/05 – Miguel Bordas
12/05 – Gabriela, Verônica, Meirijane
14/05 – Naiara, Thyala, Maria Conceição
19/05 – Gabi, Lourdes, Carolina
21/05 – Michele, Lenilda, Adriana
26/05 – Daniela Silva, Laís, Dany Sandra
OBS: Ainda no dia 26/05 haverá um sorteio para escolher as apresentações que ocorrerá no dia 28/05.
28/05 – 03 apresentações com Power Point.
JUNHO/2009 – Apresentação das questões 3 e 4
02/06 – verônica
04/06 – Laís, Adriana, Carolina
09/06 – Gabi, Lourdes, Dany Sandra
16/06 – Maria Conceição, Naiara, Gabriela
18/06 – Michele, Lenilda, Daniela
OBS: Ainda no dia 18/06 haverá um sorteio para escolher as apresentações que ocorrerá no dia 30/06.
30/06 – Apresentação do Power Point + Trabalho Total (Impresso, Blog e E-mail do professor)
· O professor propôs um café da manhã junino para o dia 18/06, ficando em aberto, para ser resolvido depois.
· 23 e 25/06 não haverá aula devido ao feriado de São João, ficando destinado ao estudo de campo.
Para encerrar, comenta sobre a meditação indiana, falando sobre a importância do sorriso, e não somente do sorriso, mas o sorriso gentil.
Então não se esqueça de trabalhar e fazer suas apresentações sorrindo, sorrindo gentilmente!!!
SORRIA SEMPRE!!!

APRESENTAÇÃO DE PROJETO DE MONOGRAFIA

TRABALHO DE PROJETO DE MONOGRAFIA

Tema:A importância dos contos de fada na educação infantil

Maria Conceição Bacelar

Levando-se em consideração a grande importância nas dimensões, social, afetiva, histórica e pedagógica dos contos de fadas, faz-se necessário pesquisar como esses textos têm sido trabalhados, se a ideologia implícita nessas narrativas está sendo discutida com as crianças, em que medida os contos de fadas podem contribuir para as produções textuais infantis, em fim, qual a verdadeira intenção pedagógica da utilização dessa literatura infantil junto às crianças pequenas.

Os contos de fadas ensinam pouco sobre as condições de vida na moderna sociedade de massa; eles foram inventados muito antes que ela existisse. Daí surge a necessidade de um estudo aprofundado sobre a importância dos mesmos na educação infantil, visto que através deles podem-se aprender mais sobre os problemas interiores dos seres humanos e as soluções corretas para as situações difíceis do que com qualquer outro tipo de estória, dentro de uma compreensão infantil.

A criança deve receber ajuda para dar sentido ao seu turbilhão de sentimentos. Ela encontra este significado nos contos de fadas. Daí sua relevância social.

Todos nós em algum momento de nossas infâncias, já vivemos sob os encantos dos contos de fadas. Porém observa-se em nossa sociedade um crescente processo de banalização desses históricos. Sob o império de Walt Disney e outros, os contos, herança cultural da humanidade, têm sido deturpados, perdendo suas características originais. Nesse sentido surgiu o nosso interesse pela realização dessa pesquisa, aprofundando os conhecimentos quanto da importância dos contos de fadas, para assim recuperar e ressignificar o uso dos contos de fadas na educação infantil. Uma vez que trabalhamos um projeto de pesquisa e estágio na Educação Infantil abordando o tema.

Bruno Bettelhein (¹) (1980) um dos maiores psicólogos infantis coloca que os contos de fadas são de fundamental importância, pois enquanto diverte a criança a esclarece sobre se e favorece o desenvolvimento da sua personalidade. Oferece significados em todos os níveis diferentes, e enriquece a existência da criança de tantos modos que nem um livro pode fazer justiça à multidão e diversidade de contribuições que esses contos dão à vida da criança.

Nesse contexto é fundamental que o professor seja conhecedor da importância dos contos de fadas no desenvolvimento da criança para assim fazer uso pedagógico dos mesmos na educação infantil.

Investigar o uso dos contos de fadas na educação infantil engloba uma série de questões complexas. Os contos de fadas são pouco utilizados na instituição escolar e, quando são, devem servir como modelo de uma tarefa escolar. Não é contar ou não uma história de fadas o que importa, mas a forma como isto é feito e a sua finalidade em uma instituição escolar. Percebe-se que o que está em jogo no desenvolvimento dessa atividade é uma concepção de infância que permeia o discurso pedagógico. A infância institucionalizada deve moldar-se a um padrão cientificamente determinado. A emoção, a fantasia e a criatividade tanto dos alunos como dos professores devem ser normatizados e encaixados em um modelo idealizado do que se determinou como cultura e sociedade.

Transformados em tarefas escolares os contos de fadas perdem sua função lúdica e estética e impedem que as emoções sejam vivenciadas. Ao mesmo tempo, acredita-se que impulsos mais primitivos podem ser aprisionados e impedidos de se manifestarem. O que amedronta os professores quando deixam que a fantasia e emoção fluam livremente? Parece que o medo maior é de que os impulsos mais primitivos surjam e não possam ser controlados. Impulsos que eles aprendem duramente a controlar e que correm o risco de serem revividos.

Para dominar desejos insatisfeitos, os contos de fadas, desde suas origens, representam importantes formas de expressão. Como representações psíquicas, encerram os dramas pertencentes aos homens e, em uma linguagem poética, transformam nossos desejos, tornando-os aceitáveis à nossa consciência. De forma artística, os contos de fadas simbolizam fantasias infantis universais. Exercem uma importante fusão no desenvolvimento infantil e auxiliam a criança a conhecer o mundo e a se reconhecer. Os contos de fadas sempre tiveram a função de distrair e instruir, podendo ser um valioso instrumento auxiliar na educação da criança. Ao mesmo tempo em que aliviam pressões inconscientes, constroem um sistema metafórico e simbólico, podendo ser considerado um rico instrumento pedagógico.

A revolução industrial, deflagrada no século XVIII, se associa tanto o crescimento político quanto ao financeiro das cidades, com decadência paulatina do poder rural e do feudalismo remanescente desde a Idade Média. A urbanização por seu turno e faz de modo desigual, refletindo as diferenças sociais: do lado de fora localiza-se o proletariado, constituído inicialmente pelas pessoas que haviam se mudado do campo para a cidade: no coração do perímetro urbano, a burguesia, que financia, com os capitais excedentes da exploração das riquezas minerais das colônias americanas ou do comércio marítimo, as novas plantas industriais que se instalam e a tecnologia necessária ao seu florescimento.

A burguesia se consolida como classe social apoiada num patrimônio que não mais se mede em hectares, mas em cifrões. E reivindica um poder político que conquista paulatinamente, procurando evitar confrontos diretos e sangrentos, como o que ocorre na França, em 1789, mas utilizando também essa solução, quando é o caso. Entretanto, é uma camada social pacifista, em princípio. Ou , por outra, procura tornar sua violência menos visível. Para isso, incentiva instituições que trabalham em seu favor, ajudando-a a atingir metas desejadas.

A primeira dessas instituições é a família, cuja consolidação depende, em alguns casos, da interferência do Estado absolutista que, interessado em fraturar a unidade do poder feudal, ainda atuante, estimula um modo de vida mais doméstico e menos participativo publicamente. Esse padrão vem a ser qualificado como moderno e ideal, elevando-se como modelo a ser imitado por todos.

A manutenção de um estereótipo, familiar, que se estabiliza através da divisão do trabalho entre seus membros (ao pai cabendo a sustentação econômica, e a mãe a gerência da vida doméstica privada), converte-se na finalidade existencial do indivíduo. Contudo para legitimá-la, ainda foi necessário promover, em primeiro lugar, o beneficiário, maior desse esforço conjunto: a criança. A preservação da infância impõe-se enquanto valor e meta de vida; porém, como sua efetivação somente pode se dá no espaço restrito, mas eficiente da família, esta canaliza em prestigio social até então inusitado.

A criança passa a ter um novo papel na sociedade, motivando o aparecimento de objetos industrializados (o brinquedo) e culturais (o livro) e nos ramos da ciência (a psicologia infantil, a pedagogia ou pediatria) de que ela é destinatária. Todavia a função que lhe cabe desempenhar é apenas de natureza simbólica, pois se trata antes de assumir uma imagem perante a sociedade, a de alvo de atenção e interesse dos adultos, que se exercem uma atividade econômica ou comunitariamente produtiva, da qual adviesse alguma importância política e reivindicatória. Como decorrência, se a faixa etária equivalente à infância o individuo que atravessa recebe uma série de atributos que o promove coletivamente, são esses mesmos fatores que o qualificam de modo negativo, pois ressaltam, em primeiro lugar, virtudes como a fragilidade, a desproteção e a dependência.

A segunda instituição convocada a colaborar para a solidificação política e ideológica da burguesia é a escola. Tendo sendo facultativa, e mesmo dispensável até o século XVIII, a escolarização converte-se aos poucos na atividade compulsória das crianças, bem como a freqüência as salas de aula, seu destino natural.

Essa obrigatoriedade se justifica como uma lógica digna de volta: postulados e fragilidade e o despreparo dos pequenos, urgia equipá-los para o enfrentamento maduro do mundo. Como a família, a escola se qualifica como espaço de mediação entre as crianças e a sociedade, o que mostra a complementaridade entre essas instituições e a neutralização do conflito possível entre elas.

Entretanto, a escola incorpora ainda outros papéis, que contribuem para reforçar sua importância, tornando-a, a partir de então, imprescindível ao quadro da vida social. É que, por força de dispositivos legais, ela passa a ser obrigatória para crianças de todos os segmentos da sociedade, e não apenas para as da burguesia. Ajuda assim a enxugar do mercado um contingente respeitável de operários mirins, ocupantes, nas fábricas, dos lugares dos adultos, isto é, dos desempregados que na situação dos subversivos ou criminosos, agitavam a ordem social sob o controle dos grupos no poder.

Numa sociedade que cresce por meio da industrialização e se moderniza em decorrência de novos recursos tecnológicos disponíveis, a literatura infantil assume, desde o começo, a condição de mercadoria. No século XVIII, aperfeiçoa-se a tipologia e expande-se a produção de livros, facultando a proliferação dos gêneros literários que, com ela, se adequam a situação recente. Por outro lado, porque a literatura infantil trabalha sobre a língua escrita, ela depende da capacidade de leitura das crianças, ou seja, supõe terem estas passadas pelo crivo da escola.

Os laços entre a literatura e a escola começam desde este ponto: a habilitação da criança para o consumo de obras impressas. Isto aciona um circuito que coloca a literatura, de um lado, como intermediária entre a criança e a sociedade de consumo que se impõe aos poucos; e, de outro, como caudatária da ação da escola, a quem cabe promover e estimular como condição de viabilizar sua própria circulação.

Como podemos perceber, os primórdios da literatura infantil são marcados pela intenção de formar a criança, de ensinar comportamentos e atitudes e de sedimentar uma ideologia. Durante muito tempo, as obras infantis serviram principalmente a esse propósito e só aos poucos deixaram de lado o pedagogismo e o moralismo para conquistar seu status artístico.

A aproximação entre a instituição e o gênero não é fortuita. Sintoma disto é que os primeiros textos para crianças são escritos por pedagogos e professoras, com marcante intuito educativo. Fica evidenciado a estrita ligação da literatura infantil com a pedagogia, quando vemos, em toda a Europa, a importância que assumem os grandes educadores da época, na criação de uma literatura para crianças e jovens. Suas intenções eram fundamentalmente formativas e informativas, até enciclopédicas. Bons exemplos disso são as obras de Comenius, Basedow, Campe, Fénelon entre outros. E, até hoje, a literatura infantil permanece como uma colônia da pedagogia, o que lhe causa grandes prejuízos: não é aceita como arte, por ter uma finalidade pragmática; e a presença deste objeto didático faz com que ela participe de uma atividade comprometida com a dominação da criança.

São estes fatos que tornam problemáticas as relações entre literatura e educação. De um lado, o vínculo de ordem prática prejudica a recepção de obras: o jovem não quer ser ensinado por meio da arte literária; e a crítica desprestigia globalmente a produção destinada aos pequenos, antecipando a intenção pedagógica, sem avaliar os casos específicos. De outro, a sala de aula é um espaço privilegiado para o desenvolvimento do gosto pela leitura, assim como um importante setor para o intercâmbio da cultura literária, não podendo ser ignorada. Revela-se imprescindível e vital um redimensionamento de tais relações de modo a transformá-las eventualmente no ponto de partida para um novo e saudável diálogo entre o livro e seu destinatário mirim.

Vulgarmente a expressão “literatura infantil” sugere de imediato a idéia de belos livros coloridos destinados a distração e o prazer das crianças em lê-los ou ouvir suas histórias contadas por alguém. Devido a essa função básica, até bem pouco tempo, a literatura infantil foi minimizada como criação literária e tratada pela cultura oficial como um gênero menor.

No final da antiga década de 60 a produção infantil brasileira começou a trilhar um novo caminho, ainda que a renovação só se concretizasse efetivamente na década seguinte. Aos anos 60 iniciaram de forma culturalmente promissora, mas a revolução militar acabou reprimindo os segmentos da sociedade que, de alguma maneira, criavam produtos culturais que pusessem em risco ou questionassem o regime totalitário implantado. Diante da repressão, inúmeros escritores, e especialmente os livros infantis, recorreram à linguagem figurada como forma de exprimir o que não era permitido. Surgiram daí obras de grande criatividade no uso de metáforas e símbolos. Algumas, no entanto, por caminhos diversos das propostas pedagógicas que povoaram o início da literatura infantil no Brasil, também serviram a um fim que não era o de oferecer um texto literariamente adequado a criança. Foram obras que cumpriram o papel de canal por onde as vozes adultas, tolhidas, expressaram os não ditos da sociedade de então.

A partir dos anos 70, com a reforma do ensino, que abriu as portas da escola a todas as camadas da população (pelo menos em tese), eliminando os exames seletivos, o livro passou a ser privilegiado, e a criança, a ser vista como um consumidor em potencial, o que impulsionou publicações de obras infantis. Junto a edições de qualidade gráfica e estética, que propiciaram uma reorganização, pela criança, de suas precepções do mundo e das próprias experiências existenciais, surgiram obras que não tinham compromisso com o leitor infantil; pecaram pelo pedagogismo, pela imbecilização da infância ou pela incapacidade de promover a identificação da criança com as propostas ali contidas.

Na década de 80, quando a abertura política já estava em andamento, a escolarização espalhou-se pelo país, e a cultura letrada atingiu um público maior, apoiado pelos meios de comunicação. Porém em vez de servir preferencialmente a emancipação (Bordine, 1998), virou produto de consumo e perdeu seu sentido crítico. Houve uma explosão de publicações, e a produção de livros infantis tornou-se mais especializada, com ênfase em temas modernos e, em alguns casos, as denúncias sociais. Dependente das oscilações de moda e gosto, a literatura infantil, como bem de consumo, viu-se presa à constante apresentação de novidades, o que muitas vezes, enfraqueceu sua qualidade.

Esse quadro de larga produção de textos infantis pela industria editorial mantém-se com toda a força nos dias de hoje, fazendo com que seja necessário um olhar atento sobre a qualidade estético - literário das obras. Ao lado de escritores preocupados com a lerda comercialização dos livros da criança, é possível encontrar autores que se propõem representar o universo da infância, produzir, enfim, textos que propiciem uma expansão dos horizontes e das expectativas do leitor-mirim.

Dessa forma, a literatura infantil, a exemplo de outras modalidades de arte, lida com a compreensão do real e pode conceder ao pequeno leitor a possibilidade de suas capacidades efetivas e intelectuais, desde que bem adaptados às condições da criança. Quando se compromete com as necessidades e os interesses de seu destinatário, o texto infantil transforma-se num meio de acesso à realidade e facilita a ordenação das experiências existenciais do sujeito.

Neste sentido, a presença de elementos mágicos e o recurso a fantasia tem sido procedimentos recorrentes na literatura infantil para conquistar o leitor. Assinalamos que tal uso remota aos contos de fadas encontra-se vivo nas mais variadas produções para a criança na atualidade. Mudaram leitores, hábitos e gostos, mas a fantasia continua sendo um ingrediente precioso na sedução ao leitor. Para compreendermos sua importância na literatura infantil, precisamos retomar seu papel no gênero que a consagrou: os contos de fadas.


Minha Monografia

O desenvolvimento da escrita infantil, a partir de 3 anos.

Me interessei por este tema, por ter trabalhado, durante o ano de 2008, com crianças do grupo 3, e ter observado a forma de representação e entendimento da escrita.

TEMPO: Segundo semestre do ano de 2009.

ESPAÇO: Duas prefeituras e duas creches públicas da cidade de Salvador.

DEFINIÇÃO: É fato que crianças menores que 6 anos já conseguem ter uma idéia e representação da escrita, expressando de forma confusa, mas significativa seus pensamentos. Essa pesquisa pretende investigar como os professores enxergam esse desenvolvimento.

ENUMERAÇÃO: Serão abordados os temas:

- O conceito da escrita infantil;

- O olhar do professor e dos pais sobre a escrita infantil;

- Os estímulos oferecidos para o desenvolvimento da escrita infantil;

- A prática da escrita infantil.

CAUSA E EFEITO: Tudo que fazemos na infância reflete no nosso futuro, portanto, quando uma criança se expressa na escrita, ela esta querendo dizer algo. Por isso ela deve ser estimulada a escrever livremente, quando esse estimulo não ocorre, ela encontra dificuldades futuras, como a criação de frases ou textos.

EXEMPLIFICAÇÃO: Durante uma reunião entre os pais e a professora do grupo 3, ao entregar as atividades feitas em sala a um dos pais, este não observava o que seu filho havia feito, apenas dizia: são só rabiscos. O que fará essa professora:

- Conscientizará este pai e outros que surgirem, sobre o que os alunos fizeram e qual o significado dos rabiscos?

- Concordará com aquele pai, e dirá que aqueles rabiscos servem como um treino para um trabalho futuro?

- Dirá que os pais também devem fazer sua parte para que as crianças desenvolvam mais rápido?

CONCLUSÃO: É a escrita uma das formas de expressão da criança, e esta também deve ser bem estimulada desde a tenra infância, fazendo com que essa criança busque cada vez mais se expressar. Sendo esse trabalho mais uma ferramenta de pesquisa e orientação aos que têm interesse no bom desenvolvimento da escrita infantil.

trabalho do dia 23 ( A Carta da Cidade)

A carta da cidade educadora parti do principio que todos os habitantes tem direitos iguais e que deveriam ser acompanhado pelos municípios com o objetivo de melhorar a qualidade do ensino e de vida do publico na sua região e que estivesse sempre disposto a atender os interesses das classes dos menos desfavorecidos.

O meu projeto vai ser desenvolvido com o tema de Evasão Escolar no Ensino Superior na Universidade Federal da Bahia, tem algumas características com esse documento ou pelo menos alguns pontos que poderia ser utilizado para melhorar o atendimento ao publico alvo que por ser uma instituição de cunho publico, que na maioria das vezes quem ingressa são os indivíduos das classes alta e média tendo pouco acesso para a classe baixa.

As políticas municipais de carácter educativo devem ser sempre entendidas no seu contexto mais amplo inspirado nos princípios de justiça social, de civismo democrático, a qualidade de vida e da promoção dos seus habitantes. ( carta da cidade n- 4) A universidade com a implantação das cotas tem o objetivo de diminuir essa desigualdade social e o governo com bolsa de estudo nas universidades particulares para que esses jovens pudessem ter acesso a educação superior. Porém como sempre para defender as instituições particulares, esse investimento poderia ser distribuído para melhorar a educação no ensino publico.

Sabe-se que só o ingresso nas universidades não muda esse quadro, tem que assegurar a permanência desses jovens que muitas vezes por motivos de trabalho não conseguem manter-se nas universidades. Na universidade Federal Da Bahia existe algumas bolsas de estudo e pesquisa que auxiliam esses estudantes, porém são poucas para atender a grande quantidade de alunos que necessitam.

A cidade deverá procurar que todas as famílias recebam uma formação que lhes permita ajudar os seus filhos a crescerem e a apreenderem num espírito de respeito mútuo.( carta da cidade n – 14). Algumas vezes os pais não tem nenhum tipo de instrução escolar e por este motivo não podem ajudar os seus filhos nesse processo, segundo a carta é papel do município atender a demanda no processo de educação da sua comunidade.