sexta-feira, 8 de maio de 2009

PESQUISAS NO GOOGLE (referente a apostila)

Aí vai um pouco sobre as pesquisas que realizei (demorou, mas chegou!)...

PESQUISA DE BUSCA NO GOOGLE

Após algumas leituras sobre o Relatório Faure, consigo relacioná-las com o meu tema na medida em que penso que o Projeto Horta Escolar traz muitas contribuições para a Escola Municipal Rio das Contas, que atende o público infantil. Faure afirma que a escola de educação infantil deve organizar flexível e livremente o ensino de crianças em idade pré-escolar, procurando meios de associar a família e a comunidade. E é isso que o Projeto que vou analisar propõe. Uma educação significativa para os alunos da Escola e uma integração com toda a comunidade da região. Além disso, favorece a construção integral do ser para que esse se torne um adulto autônomo.


Apesar da sigla AICE significar Associação Internacional de Cidades Educadoras e o meu tema de monografia ser focado no âmbito rural, consegui perceber relações entre ambos. O projeto Horta Escolar visa o desenvolvimento sustentável da região, ou seja, promove ações para melhorar a qualidade de vida dos habitantes da mesma. Também em consonância com os princípios da AICE, ainda fortalece a parceria e a troca de experiências entre todos os envolvidos no processo. Assim como a AICE, o Projeto é uma iniciativa de referência (no meu caso, para muitos municípios rurais da Bahia) que dá certo.
Considero demasiadamente importante o fato da cidade educadora ter como objetivo permanente o aprender, o trocar, o partilhar e, por consequência, enriquece a vida dos seus habitantes, formando-os e desenvolvendo-os como seres humanos e profissionais. As crianças da EMRC, a partir das ações do projeto, podem atuar em sua comunidade produtivamente e serem multiplicadores (dentro de casa, trocando idéias com outras gerações) dos conhecimentos construídos no espaço escolar.
O Projeto torna-se mais interessante ainda por respeitar e, ao mesmo tempo, fortalecer a identidade campesina da região em que foi implantado e entendo que o respeito à diversidade e a não modulação é um dos pontos cruciais para que os processos de ensino-aprendizagem sejam prazerosos e significativos.
A horta construída na EMRC, além de contribuir para a aprendizagem dos alunos ao possibilitar um trabalho interdisciplinar, ajuda na manutenção do espaço escolar, pois os seus produtos (totalmente orgânicos) são usados na merenda escolar das crianças e vendidos para moradores locais. Ou seja, o dinheiro arrecadado com as vendas, vai para o caixa escolar.


Ao ler sobre Bruner, descobri que ele é um estudioso da Psicologia Cognitiva que busca entender melhor a atividade mental e encontrei, em um artigo, uma citação do mesmo que diz que cultura “é um conjunto de ferramentas com técnicas e procedimentos para entender o seu mundo (do indivíduo) e lidar com ele.”. Acredito que a horta (mas não só ela sozinha; é uma junção de muitos outros fatores e fatos) serve como uma “ferramenta com técnicas e procedimentos” que proporcionará a toda comunidade escolar conhecimentos interligados com a realidade em que vive.

As leituras sobre “APRENDIZAGEM DE LONGA VIDA SUSTENTÁVEL” serviram bastante para reflexões a respeito de meu tema, que envolve, intimamente, o desenvolvimento sustentável de uma região. Essa frase do texto Ecologizar sintetiza o que é desenvolvimento sustentável: “A característica central do desenvolvimento sustentável é sua capacidade de perdurar ao longo do tempo, mantendo um padrão de vida adequado.” (RIBEIRO). Quero ver, através de minhas pesquisas e estudos sobre o projeto, perceber com mais clareza como ele é capaz de desenvolver sustentavelmente a região, em equilíbrio com o meio ambiente. Atualmente, se não cuidarmos do nosso planeta, continente, país, estado, cidade, bairro, casa... Nada poderemos ser e obter. Não dá mais, diante das respostas que a natureza e o próprio mundo nos dão, para continuar vivendo sem pensar nas conseqüências de nossas atitudes e, consequentemente, desconsiderando o bem-estar das gerações futuras. Os seres humanos e suas comunidades precisam, urgentemente, encontrar modos de conviverem harmoniosamente com o meio em seus aspectos ambientais, sociais e econômicos, sem abandonar idéias de crescimento e evolução. Que desafio grande (!), mas não acho impossível se cada um, assim como o IDAN – Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Agronegócio – ONG que viabiliza o Projeto Horta Escolar, fizer a sua parte através de ações que promovam um desenvolvimento sustentável e uma consciência sobre o assunto. E o projeto Horta Escolar procura envolver toda a comunidade no processo por acreditar que essa é a única saída para o empreendimento dar certo.

Pesquisando sobre “O ensino na sociedade do conhecimento”, encontrei um ótima resenha de Francisco Valente sobre o livro de Andy Hargreaves – O ensino na sociedade do conhecimento: A educação na Era da Insegurança. Concluo, após a leitura, que a escola e os professores devem priorizar o ensino a serviço da criatividade e inventividade para que os estudantes tenham condições de viverem bem e alcançarem uma estabilidade econômica pautada em valores éticos e de parceria com a comunidade, no sentido de construírem uma sociedade mais justa. Outra questão relevante para o meu trabalho monográfico, já que esse envolve a configuração do currículo de uma escola campesina:
“A reforma educacional padronizada (isto é, que não leva em conta as peculiaridades, necessidades e expectativas da clientela escolar) tem tanto valor para uma economia do conhecimento vigorosa em uma sociedade civil forte quanto gafanhotos para uma plantação de milho”. (Hargreaves).
O livro exemplifica uma escola que consegue ensinar na sociedade do conhecimento e percebi uma ligação entre o que se preconiza na EMRC: “A escola promove equipes nesse sentido, envolve a todos no contexto geral de seus rumos, utiliza a tecnologia para promover a aprendizagem pessoal e organizacional, baseia as decisões em dados compartilhados e envolve os pais na definição dos rumos dos estudantes quando estes deixam a escola. É uma comunidade de cuidado e solidariedade, bem como uma comunidade de aprendizagem que dá à família, aos relacionamentos e a uma preocupação cosmopolita com os outros no mundo.”
Enfim, precisamos refletir sobre que tipo de ensino queremos para a sociedade atual: um que alimenta o capitalismo, sua fúria e as desigualdades, ou um que busque transformar o espaço em que vivemos em um local mais justo?


Vale ressaltar que se minha monografia ainda fosse sobre Formação de Professores, com certeza eu iria adicionar o texto de Rita de Cássia Medeiros Gomes - “Formação de Professores: um olhar ao discurso do docente formador” - às minhas referências bibliográficas. Esse é um texto que aborda questões importantíssimas em relação ao tema através de uma linguagem simples e de fácil entendimento.










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