segunda-feira, 25 de maio de 2009

PROJETO DE MONOGRAFIA
RESPONDENDO AS QUESTÕES I E II.

A EDUCAÇÃO POPULAR NO CAMINHO DA EMANCIPAÇÃO HUMANA

Daniela Silva


A educação popular se constituiu, entre as décadas de 50 e 60 do século passado, como um paradigma educacional relacionado às diversas lutas de libertação dos povos latino-americanos. Foram diversas experiências educativas implementadas nesse período histórico que, juntas implementaram o campo pedagógico denominado educação popular, que virou referência para as lutas em prol de grupos excluídos socialmente e de diversos movimentos sociais.
Segundo Zitkoski (2000), esse movimento pedagógico originário da Educação Popular propôs uma teoria inovadora nas relações homem-sociedade-cultura. Enquanto pedagogia, a Educação Popular fundamenta-se concretamente na transformação da realidade social através de uma visão libertadora.
Esta educação deve ser para o povo, mas uma educação que o povo cria que vem de base, de baixo para cima. Através de um processo de emersão das classes sociais marginalizadas, que passam de objetos do sistema econômico para sujeitos políticos.
Isso justifica, basicamente, a minha opção por este paradigma e a possibilidade que vislumbro nele de se constituir numa poderosa ferramenta para a emancipação humana na educação popular.
Emancipação é conscientização, racionalidade e ao mesmo tempo, adaptação dos homens ao mundo, no sentido de ensejar orientações para que estes homens e mulheres se situem no mundo. Neste aspecto, acentua a ambigüidade do conceito de educação para a consciência e racionalidade. Uma educação emancipatória deve desenvolver princípios individuais e sociais (adaptação e resistência). Segundo Feitoza (2006), a educação deveria fortalecer a resistência mais que as condições de adaptação dos humanos e humanas.
Será possível pensar em uma educação popular emancipatória? A pesquisa pretende mostrar quais as contribuições da educação popular para a emancipação humana, percebendo que uma educação popular necessita estar fincada na constituição de novas relações econômicas, sociais e culturais, caminhando na direção do reino da liberdade. Com isso investigarei como a Educação Popular pode contribuir efetivamente para a constituição de sociedades democráticas, pois a emancipação exige democracias; democracia de processos institucionais; novas interações pedagógicas são espaços para a Educação Popular; - o conhecimento e o domínio processual das necessidades da natureza; o materialismo histórico e dialético ainda se apresenta como uma das possibilidades vigorosas, no campo teórico – metodológico da Educação Popular.
Quero afirmar que não percebo esses indivíduos inseridos na educação popular de forma isolada, pois a possibilidade da emancipação humana nos obriga a discutir a sociedade capitalista e seus processos de exclusão/inclusão. Eis ai um grande desafio dos(as) educadores(as) comprometidos(as) ética e politicamente com as classes populares.

REFERÊNCIAS


ZITKOSKI, Jaime José. Horizontes de (re) fundamentação EM EDUCAÇÃO POPULAR. Um diálogo entre Freire e Habermas. Frederico Westphalen; URI, 2000.

SILVA, Márcia Alves da. BAVER, Jaciara Krolow. Educação e trabalho como um processo de emancipação humana com a população carcerária. Xerografado, s/d.

FEITOZA, Ronney da Silva. Educação Popular e emancipação humana: matrizes históricas e conceituais na busca pelo reino da liberdade. Anped, GT: Educação popular. Xerografado, s/d.


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